Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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domingo, 2 de janeiro de 2011

LUCAS 12 – Aparências podem matar

01/01/2011. Subindo uns 100 metros na Rua Lili, chegávamos no Morrinho, que dava para quatro outras ruas. A da esquerda é a Rua Alcides Queirós, que levaria à casa da Dona Mirtes, que tinha um pé de jamelão enorme. Dessa árvore, que contém frutas roxas, eu caí em cima do meu amigo, o Batata - que teve o braço quebrado. Nessa rua eu comprava meus picolés no bar do Seu Zé & Dona Célia. Em frente à picoleteria havia uma casa grande e velha - essa casa acabou sendo adquirida pelo meu pai numa negociação de troca pela casa da Rua Lili. Ele caiu na conversa enganosa duma corretora loura que nos prejudicou enormemente na transação -- nem minha mãe nem meus irmãos mais velhos podiam concordar com a proposta enganosa da loura. Indo pela Alcides Queirós, antes de chegar ao pé de jamelão da Dona Mirtes, há uma ruela transversal onde morava um amigo de igreja e do Jornal onde meu pai trabalhava - o nome dele era João Batista. O João Batista tinha um dente de ouro, vestia terno o tempo todo e usava chapéu Panamá de aba tamanho médio. Ele tinha ares de “barão de pés de jamelão” – a nossa fruta de pobre. Ele tinha uma porção de filhos pequenos, tinha galinhas, galos e patos soltos no quintal. A casa dele possuía só um quarto (o dele - onde ele não parava de fazer filhos na pobre esposa). A casa, que não tinha nenhuma aparência de lar cristão, possuía também uma sala, onde as crianças se amontoavam para dormir; e uma cozinha que só tinha a pedra da pia e um fogão sujo. Eles jogavam a água da cozinha pela janela da cozinha. A bicharada se alimentava na lama do quintal com os restos de comida. Os bichos freqüentavam o interior da casa. Eu juro que pisei em cocô de galinha no interior da sala onde os meninos dormiam. Mas aquela porcaria de vida, que eu hoje identifico com a hipocrisia religiosa que ainda engana a muitos, cedo acabou... Acabou com a vida da esposa do João Batista. Ela morreu no parto de mais um filho. Colocaram o caixão com o corpo dela na sala para ser velado. Nesse dia do velório, vieram umas senhoras amigas dela e limparam o cocô esparramado pelo chão da sala, antes que as pessoas chegassem com dó daquelas vidinhas indefesas e com lamento pela mãe morta. Ali eu comecei a ficar de olho na hipocrisia, na falsidade, na sujeira, e no diabo que enganam as cabecinhas ocas dentro das igrejas de fé qualquer.

CANÇÃO: ``Strangers in the night'' Iva Zanicchi: www.youtube.com/watch?v=H4guNSPcudg

FRASE: “O tempo passa e um pouco de tudo aquilo que nós chamávamos de falsidade se transforma em verdade.” Michel Proust.

IMAGEM: http://paulonapa.com.br/wp-content/uploads/2010/06/1234_01.jpg

CONTINUE LENDO A BÍBLIA PARA VOCÊ VER; o Senhor Jesus diz: Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.

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