Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO DO MUNDO INTERIOR

Teu parto não teve beleza alguma; no entanto, sem a dor materna, você não passaria à vida. Tuas dores na vida foram todas indesejáveis; no entanto, sem elas, tua fragilidade não seria escudada. Tuas lágrimas revelam tua fragilidade; no entanto, sem elas, a mão amiga não te alcançaria. Tuas desilusões te lembram da imperfeição de teu mundo; no entanto, sem elas você não acordaria. Tua realidade viu muitas destruições; no entanto, sem elas, como construirias teus sonhos?
A história que você ouvirá neste artigo, pode não ter beleza aparente, pode não ser nada desejável, pode destruir-te ilusões, mas construirá teu caminho de volta à origem de tua alma. Ela reconstruiu o meu! ...É impossível calar a história da salvação do mundo interior.

Parte 1 (6:44)
Somos nascidos no mundo exterior








Parte 2 (9:39)
No mundo exterior temos aflições








Parte 3 (9:44)
O Salvador entra no mundo exterior








Parte 4 (10:08)
A manifestação do maravilhoso amigo no Caminho








Parte 5 (10:04)
A aflição do Salvador ante o preço de te amar








Parte 6 (10:06)
O mais extraordinário resgate de todo o mundo







Parte 7 (3:11)
As portas do inferno não te resistirão o caminhar






(Desconhecido o autor deste áudio)

A oração deste camelô do Senhor da Vida é que possamos ser amigos nesta estradinha traçada na história do mundo interior.
Ponha o fone de ouvido e ouça... Alguém te encontrará no caminho e te estenderá a mão.

Eu te Erguerei
Arautos do Rei








Procuro em minha vida encontrar um sentido / Pois não compreendo a razão do existir / Por muitas vezes tenho me sentido sem força / Pra continuar seguindo sem desanimar / Eu nunca quis enfrentar a estrada em solidão / E em você confiei quando ouvi.
Irmão, te erguerei e o temor passará / Dá-me a mão, vamos orar e assim descansar / Num lugar onde Deus dará, força pra lutar / Quando eu cair tu me erguerás
Eu sei que as vezes tu também te sentes sozinho / Pois é difícil caminhar sem ter alguém / Pra dividir as provas que enfrentamos na vida / E levantar disposto pra recomeçar / Se for preciso enfrentar perigos e terror / Vamos em Deus confiar e orar
Irmão, te erguerei e o temor passará / Dá-me a mão, vamos orar e assim descansar / Num lugar onde Deus dará, força pra lutar / Quando eu cair tu me erguerás
Vamos juntos orar e assim descansar / Num lugar onde Deus dará, força pra lutar / Quando eu cair tu me erguerás
Vamos juntos orar e assim descansar / Num lugar onde Deus dará, força pra lutar / Quando eu cair tu me erguerás / Sim tu me erguerás / Uh!



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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A DICA É A CRUZ, O CÉU É JESUS

Oi, meu amigo. Sinto te informar que dessa cadeia você não sai mais, a não ser por um grande milagre. O resultado de teu julgamento dera o que a totalidade de teus acusadores já apontava: prisão perpétua. Se a lei permitisse, você teria sido executado imediatamente após essa última sessão do júri. Contudo te resta ainda um caminho de apelação. Porém, poucos condenados à prisão perpétua (e que recorrem às potestades superiores) são achados justificados de seu ato criminoso. Em geral, a pena, na última instância, é agravada com a sentença de morte continuada.

Apenas uns poucos — na multidão de condenados, conseguem reunir disciplina física e emocional para percorrer o estreito caminho que leva à misericordiosa absolvição pelo supremo juiz. Pense por uns instantes e tome uma decisão definitiva: conformar-se com a prisão, que (apesar de acabar em morte por velhice ou por acidente) dá para ter certo conforto prisional; ou dedicar-se com disciplina de coração no sentido da transformação de seu caráter, a ponto de ser achado pela graça (perdão imerecido) da parte do Senhor, justo árbitro, que a todos os condenados considera impecavelmente.

Então, qual a sua decisão? Transformar sua prisão em local prazeroso a fim de continuar curtindo seu espaço determinado? Ou deixar-se transformar ao longo da trilha estreitinha da disciplina, até ter desenvolvido um caráter sobrenaturalmente justificado, prazeroso e livre de cadeias e de condenação?

Na prisão, você tem muitos companheiros e poucos amigos; na trilhazinha, você terá um companheiro que é o melhor amigo. Na prisão, todos são iguais a você; na trilhazinha você adquire o jeito de ser de seu único amigo. Na prisão, todos pensam como você: sobreviver. Na trilhazinha, você pensa como o amigo: viver. A prisão e a trilha são completamente distintas entre si. Na prisão, você administra todo seu espaço, no tempo limitado. Ali, seu espaço-tempo é sua sobrevida. Na trilha não há espaço para administrar; mas, um tempo de se levantar e prosseguir caminhando para o espaço da vida. Qual a sua decisão? Prisão visível ou trilha oculta? Acomodar-se como todos os demais prisioneiros? Ou pensar e desejar a liberdade como nunca é demais? Para o conforto temporal, basta um esforço prisional. Para o conforto atemporal, requer-se o esforço do sobrenatural. O esforço do sobrenatural foi feito: vitória na cruz!

Você que quer liberdade para viver, o que te significa a vitória do Impecável Carpinteiro de Deus na miserável cruz do calvário de Jerusalém para você? Quanto de razão e emoção você dedica para compreender o significado do caminho estreito, que ele declaradamente rasgou de cima a baixo para o percurso dos condenados/libertados?

Você já se perguntou sinceramente o motivo dessa prisão? Estar condenado ao espaço, ao tempo e a incerteza da vida pós-morte é ou não é prisão? O que mais você quer que Ele faça para chamar-te a atenção e às lágrimas de arrependimento por tanta ingratidão? “— Socorro, eu quero sair dessa prisão, antes que eu morra de acidente ou de velhice!” Por que não fazer essa oração sincera ao Senhor Deus teu criador? Você sabe por que pessoas não clamam ao Criador por libertação? Resposta: Porque não se consideram prisioneiros de coisa nenhuma! A amplidão do pasto e a burrice de alma assemelham pessoas a animais de abate. Jesus Cristo se posicionou no pasto e na burrice da alma humana, estendido sobre uma miserável cruz de dor, e nem assim muitas bestas aprisionadas prestam atenção na dica para a trilha de salvação.

Faz trinta anos que prestei atenção na dica da cruz. Trinta anos de convicção de que a trilha do amigo Carpinteiro é segura para me levar ao aprisco – para longe, muito longe do matadouro de ovelhas...
Pelo amor de Deus! Seja você, seja alguém de seu espaço-tempo, mas ajude questionando a ilusão do conforto dessa prisão. A liberdade, o prazer... é Jesus. O céu é Jesus!

Gentileza pensar esta canção. Ponha o fone de ouvido e clique: O Céu é Jesus.
O Céu É Jesus!
Arautos do Rei










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terça-feira, 25 de agosto de 2009

SOSSEGO PARA O CAMINHO TODO

Você se lembra de quando você fez xixi na cama? Você estava de fraldas ou sem, como eu? Apesar de a sensação quentinha nos primeiros segundos do fluxo urinário ser muito agradável, o embaraço que o acompanha não compensa o prazer. Se você tem essa memória de anjo, você tem uma raridade de experiência e que é muito útil para ensinar os rudimentos da espiritualidade para uma criança novinha em folha. Nos primeiros passos de nossa infância não recebemos um manual de instrução para sabermos operar corretamente o bem adquirido — a vida, no caso. E como cartilhas para analfabetos e inexperientes para nada servem, o melhor que o instrutor maternal pode fazer diante de traquinices é orientar o peãozinho de pouca idade nos ritos e orações de uma conduta excelente.

Eu me molhei todo porque sonhei que havia um porco no pé de meu beliche fungando meus pododáctilos. Como eu não conseguia chutar a fuça dele (de imobilizado e aterrorizado que eu me achava), comecei a gritar mamãe em sonhos. Como mamãe não vinha, o terror transformou-se em urina, que por sua vez se transformou em embaraço real, que se transformou em berros pelos corredores escuros da casa atrás de socorro inútil. O porco, eu pensava, viria em disparada atrás de mim. O resultado... todos sabemos! Eu havia pago meu primeiro grande mico baseado num pesadelo onde o protagonista macabro só queria desfilar nos neurônios de uma mente espiritualmente indefesa. Quanto ao "porco", fui descobrir mais tarde que este se tratava de um parente que dormia no mesmo quarto que eu e tinha a mania de roncar desesperadamente.

Na manhã daquele episódio infanto-suíno, que atitude saneadora você acha que mamãe deveria ter tomado, além de trocar e lavar a roupa de cama do pequeno guri, um recém-chegado à vida dos humanos, dos porcos e dos anjos sobrenaturais? Das seguintes quatro opções, o que você acha que mamãe deveria fazer? Um: Proceder como se nada tivesse acontecido. Dois: Encher-me de tapas para eu não fazer daquela cena uma novela. Três: Ensinar-me a lição dos porcos endemoninhados narrada na Bíblia? Quatro: Todas as respostas anteriores?

Pois é! Por algum motivo, creio que você escolheria a opção Um e/ou a opção Dois, só para me contrariar! O fato é que raramente as mamães escolhem a opção Três – as que fazem, são sábias e excelentes educadoras. Por isso eu sustento que as mamães ensinem às suas criancinhas histórias bíblicas, como orienta a sabedoria de Deus: Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

Mamãe devia ter me ensinado o seguinte: “Porcos, na cultura judaica, são animais sujos, mas não são necessariamente violentos. Quando você for dormir, faça uma oraçãozinha para Jesus limpar a sua cabecinha de pensamentos perturbadores. Jesus vai ouvir sua oração e vai mandar os perturbadores pastarem. Se eles desobedecerem e insistir em te azucrinar os pensamentos, o Senhor vai deixar que eles se afoguem dentro de porcos no fundo do mar.”

Verdade! Leia a Bíblia: “Quando Jesus chegou à região de Gadara, no lado leste do lago da Galiléia, foram se encontrar com ele dois homens que estavam dominados por demônios. Eles vinham do cemitério, onde estavam morando. Eram tão violentos e perigosos, que ninguém se arriscava a passar por aquele caminho. Eles começaram a gritar:
— Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo?
Acontece que perto dali estavam muitos porcos comendo. E os demônios pediram a Jesus com insistência:
— Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!
— Pois vão! — disse o impecável carpinteiro.
Os demônios foram e entraram nos porcos, e estes se atiraram morro abaixo, para dentro do lago e se afogaram.


Que impacto teria tido em minha psique infantil o saber que Jesus tem poder para liberar cura mental? Que ele tem poder para expulsar influências demoníacas de meu caminho por esta trilha estreitinha da vida? Certamente meu caminhar desde a infância teria sido valente contra porcos perturbadores da felicidade. Minhas noites não teriam sido solitárias ou encharcadas na urina das assombrações! Quantas crianças não sabem que podem contar com Jesus? Quantos adultos ainda não deixaram de ser crianças assustadas pelo focinho da maldade? O focinho do porco infestado pelas trevas! Diante dessas fuças fungadoras da maldade, aprenda a caminhar com Jesus, para não mais urinar de medo diante de tragédias que rondam por aí!

Quando as trevas do mar da vida vierem te amedrontar, segura na mão de Deus e vai!

Agora, sossegue, ponha o fone de ouvido, ouça Jason Upton e encante-se no Senhor!


First Language
Jason Upton











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domingo, 19 de julho de 2009

MATURIDADE NAS 24H DE ILUSÃO

Querenças do caminhante

Maturidade é o escudo à dor de alma. É o estado do seu mundo interior capaz de distinguir ilusão de realidade, da mesma forma como o olho é capaz de distinguir luz e escuridão como sensações opostas. Maturidade é o exercício da prudência diante de estímulos externos ao seu coração, que tentam perturbá-lo causando sofrimento ou enfermidade do seu ânimo, que o faz desanimar, sentir-se confuso, arrastando-o para a escuridão do mundo exterior, onde imagens e sons não passam de ficção, de pura ilusão, como um canto de sereia, atraindo-o para as profundezas do mar, onde as pressões reais são insuportáveis à vida.

Maturidade é um caminhar com excelência na trilha da vida. É saber que toda a sua vida feliz está perfeitamente contida no caminho. Que todas as suas necessidades são supridas no estreito da sua peregrinação. Que não há suprimento saudável fora da trilha do Senhor. O que houver à margem ou para além dela, seja à direita ou à esquerda, é perigo, é prenda maldita. Maturidade é essa capacidade de viver a realidade no filme ilusório da vida. E aqui está o necessário enigma a ser decifrado por quem opta seguir os passos do maior realista que já pisou neste planeta – Jesus: ser apto a ponderar a emoção diante da provocação externa é virtude dos que amadurecem. Jesus, o impecável, alertou: “— Eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida.” Quem não pesa essas palavras, e as tenta compreender, permanece infantilmente tolo, carne “morta”, uma vida animalescamente candidata à dor da tragédia ocultada na ilusão.

Eu já sou velho, de idade muito avançada; e vocês têm visto todas as tragédias sofridas pelas gentes que desprezam o caminhar na estreita trilha aberta pelo impecável Carpinteiro por este mundão exterior, porque só ele é quem os tem conservado a paz e a prosperidade. Maiores êxitos e grande alegria o Eterno ainda tem em estoque para suas vidas. Tão somente, tenham ânimo e coragem para submeter-se a todo ensinamento de sua Palavra, e comunicado ao seu entendimento pelo Senhor em seus momentos de reflexão e relacionamento harmonioso com ele. Tenham também muita cautela para não se desviarem nem para a direita nem para a esquerda da trilha que vocês aprenderam a identificar em meio a tantas alternativas traiçoeiras. – parafraseando o maduro e saudável (daí, velho) Josué, o guerreiro fiel do Deus de Moisés.

Mas ao Senhor nosso Deus se apeguem. Pois ele expulsou de diante de vocês todas as impossibilidades, e, até o dia de hoje, ninguém, nem coisa alguma, têm podido ocultar o acesso de vocês à felicidade. Uma só pessoa entre vocês é capaz de desbaratar multidões de fantasmas, pois o Senhor nosso Deus é quem peleja por vocês. Portanto, cuidem com muito zelo e aplicação da alma, de relacionar-se com a realidade do amor de Deus. É o amor de Deus quem livra vocês da destruição, lhes dá prosperidade no caminho, e lhes garante o retorno à realidade. Se algum de vocês se encantarem com a ilusão da vida, se apegando a ela, e contraírem relacionamentos externos à minha proteção, saibam com certeza que esses fantasmas lhes serão laço e rede, e causarão dores nos seus calcanhares, lhes serão por espinhos nos olhos, até que morram precocemente à margem da vida e não alcancem a prosperidade e a felicidade.

Maturidade é permanecer consciente. É não vacilar no seu interior ao que se lhe apresenta na janela da vida. Maturidade é viver o presente, é não ansiar o minuto seguinte, é projetar-se à frente apoiando-se na realidade interna que nunca passará – a Palavra de Deus. Maturidade é estar integrado interiormente e assim ser achado por quem avalia. Maturidade é compartilhar o tesouro pelo caminho, mas não fazer apologias à sua imensa riqueza. Maturidade é saber doar sempre e nunca parar de enriquecer-se. Maturidade é ser capaz de ver e viver tanto o real quanto o ilusório, mas só conviver com a Verdade.

O Pai, na sua misericórdia, nos deu a capacidade de possuir esse tesouro espiritual em vaso de barro. Por isso rejeitamos tudo o que é feito escondido e tudo o que é vergonhoso. Não agimos de má fé, nem falsificamos a mensagem do Criador. Pelo contrário, agimos sempre abertamente, de acordo com a verdade. Porque, se o preceito da felicidade está escondido, está escondido somente para os que se desviam do estreito da vida. Eles não podem ver e viver o real, pois a ilusão deste mundo conservou a mente deles na escuridão. A ilusão não os deixa ver a luz que brilha sobre eles, a luz que vem da boa notícia a respeito do amor de Jesus, o qual nos mostra como o Pai realmente é... Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso há os que não as escutam, porque infelizmente não são de Deus. Mas Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho amado, para que todo aquele que com ele se comprometer não pereça no caminho, mas tenha a vida eterna.

Quando Jesus Estendeu a Sua Mão
Matos Nascimento









Maturidade é ter a idade da revelação da mão estendida do Senhor Jesus.


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domingo, 28 de junho de 2009

PARA QUEM QUER UM EMPREGO MELHOR,

O Senhor emprega sal e luz.

Idas e vindas na vida. São cinco e trinta da manhã de sexta-feira. Hora de acordar, aprontar-se, chamar o taxi, seguir para o aeroporto de Brasília. Bastam cinqüenta e cinco minutos de vôo para pousar em Confins. Tomar o café da manhã em casa, após cinco noites fora, no trabalho, é algo agradável, bastante prazeroso, uma recompensa ao emprego que está a setecentos quilômetros de distância da família. A rotina se repete, e já se vão três anos. O que você acha? Este é um bom emprego?

A noite de domingo logo chega. Voar de volta à capital é uma opção, no entanto, às vezes pesa no orçamento doméstico. Logo, evito-a, preferindo o ônibus fretado que roda entre Belo Horizonte e Brasília semanalmente. São quarenta quilômetros de casa até o ônibus, e setecentos e quarenta quilômetros de estrada até Brasília. Passo onze horas de confinamento numa poltrona de quarenta e cinco centímetros de largura, quarenta e cinco graus de inclinação, e compartilho o ar e o ronco de até quarenta e cinco colegas passageiros. O que você ainda acha? Este é um bom emprego?

Este tem sido um ótimo emprego! Estou profissional e familiarmente muito satisfeito devido as características do meu emprego. Minha rotina, embora um tanto atípica, não chega a ser exclusividade nem algo maçante. Esses sistemas de transporte (ônibus, avião, carro) andam recheados de executivos, dando exemplo de que esta é uma sociedade marcada pela mobilidade e por boas opções de apoio à vida no planeta. Há várias justificativas para minha satisfação com meu atual estilo de trabalho, um estilo todo meu e pleno de particularidades que refletem o que corre e ocorre no meu mundo interior.

Somos peregrinos na terra. Minhas idas e vindas semanais entre minha casa em Minas Gerais e meu trabalho no Distrito Federal trazem benefícios típicos a quem peregrina. O peregrino é um estrangeiro por anda passa. Ele não tem endereço fixo nas cidades onde habita ou labuta. Exemplos de peregrinos? Temos alguns bons: Jesus, Moisés, Abraão. A pátria do peregrino está geralmente distante no tempo e no espaço. É preciso ter fé de que um dia iremos alcançá-la. Todos os esforços e energia de tal viajante são empenhados na caminhada de volta à pátria – seu local de origem e de cidadania. É como se diz no Manual do Senhor: Porque, os que assim vivem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar a ela. Mas agora os peregrinos desejam uma melhor morada, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma feliz cidade.

Ir e vir entre os ambientes da família e do trabalho me faz lembrar que meus laços de intimidade com meus queridos são apenas temporários e localizados. E isso é bom! A temporalidade, ao findar, dará início à atemporalidade dos relacionamentos eternos. E isso é muito bom! O tempo e o espaço dos relacionamentos em nossas peregrinações por aqui são dimensões de investimento em relacionamentos eternos no céu.

Somos chamados à disciplina. O primeiro tempo da final entre Brasil e Estados Unidos na Copa das Confederações 2009 terminou em 2x0 para eles. Quanto preparo físico e disciplina tática você acha que os empregados do futebol brasileiro precisaram despender para virar o jogo em 3x2 e conquistar o campeonato? Quantas idas e vindas no gramado foram necessárias até se conseguir bater o adversário que dá muito trabalho? Minhas idas e vindas ao emprego (o que equivale a duas voltas completas ao mundo por ano) são um excelente estímulo ao preparo físico e à disciplina tática para aprender a enfrentar e a superar os desafios da felicidade. Por isso digo que tenho um ótimo emprego. Estou sendo treinado a permanecer companheiro da disciplina. Se Jesus é o centro de minha vida (se sou cristocêntrico) necessito ser uma pessoa dependente dele em disciplina.

O Senhor foi, em tudo, disciplinado. Ele foi estudante disciplinado das Escrituras, para dar cumprimento preciso do plano de Deus para nossa salvação. Ele foi disciplinado no trabalho de carpinteiro e dali retirou seu sustento físico e emocional, pois passara décadas a ouvir o martelar de pregos na madeira, até aquela sexta-feira da paixão (por nós) em que seus punhos e pés foram pregados no madeiro, e dali pôde descer com autoridade ao inferno para destruir as barreiras que se interpunham entre o céu e a terra – liberando-nos passagem na morte para dentro da eternidade com o Pai. Tua atual disciplina tem um propósito elevado no futuro, querido! Haverá trechos na estreita trilha da vida que pedirá todo o nosso preparo físico e tático diante de batalhas que têm de ser vencidas. Na vida há certas batalhas que têm de ser batidas – são batalhas de finais de campeonato!

Ser um melhor empregado. Passar cinco de sete dias por semana longe da esposa e dos filhos não é desafio trivial à manutenção de um relacionamento saudável em casa. Meu emprego é um teste de fidelidade de nossos laços de família. Se eu falhar nesse teste, perco minha mulher, filho e filha. Se aprovado, terei uma família para me abrigar e me confirmar na boa estrada dos relacionamentos dentro e fora de casa. Desenvolver fidelidade é aprimorar-se nas afeições, nos sentimentos e na perseverança. Ser fiel é observar rigorosamente a verdade comprometida nas relações sociais. Então está claro que tenho um ótimo emprego, ainda que este esteja a mais de setecentos quilômetros de casa. Seria isto? Eu estaria acumulando quilômetros de fidelidade para gastar futuramente quando os desafios emocionais surgirem no âmbito familiar? Quando seus queridos e amigos tiverem de depender, nos estreitos dessa vida, de sua palavra equilibrada e fiel, de onde você tirará os recursos? O que você terá na bagagem para oferecer-lhes? A canção de Beyoncé Knowles, “If I were a boy”, deixa claro a necessidade de sermos melhores homens. Alguns de seus trechos musicais não são nada triviais. Eis as dicas de emprego que ela dá aos homens:

Se eu fosse o homem, procuraria entender os sentimentos de minha mulher.
..., prestaria atenção nas suas palavras.
..., protegeria o amor para não provar a dor.
..., valorizaria minha mulher, ouvindo seus conselhos.
..., estabeleceria as regras, mas não vacilaria na fidelidade a elas.
..., seria um homem, um homem melhor para seu amor.


If I Were a Boy (Beyoncé Knowles)








If I were a boy even just for a day / I'd roll out of bed in the morning / And throw on what I wanted / And go drink beer with the guys
And chase after girls / I'd kick it with who I wanted / And I'd never get confronted for it / 'Cause they stick up for me
If I were a boy / I think I could understand / How it feels to love a girl / I swear I'd be a better man
I'd listen to her / 'Cause I know how it hurts / When you lose the one you wanted / 'Cause he's taking you for granted / And everything you had got destroyed /
If I were a boy / I would turn off my phone / Tell everyone it's broken / So they'd think that I was sleeping alone
I'd put myself first / And make the rules as I go / 'Cause I know that she'd be faithful / Waiting for me to come home, to come home
If I were a boy / I think I could understand / How it feels to love a girl / I swear I'd be a better man
I'd listen to her / 'Cause I know how it hurts / When you lose the one you wanted / 'Cause he's taking you for granted / And everything you had got destroyed
It's a little too late for you to come back / Say it's just a mistake / Think I'd forgive you like that
If you thought I would wait for you / You thought wrong
But you're just a boy / You don't understand / And you don't understand, oh / How it feels to love a girl / Someday you wish you were a better man
You don't listen to her / You don't care how it hurts / Until you lose the one you wanted / 'Cause you're taking her for granted / And everything you had got destroyed / But you're just a boy


O ego e o emprego. Um estilo de vida de qualquer pessoa, que naturalmente tem suas muitas idas e vindas, altos e baixos, beneficia-se enormemente quando tem o ego, o seu centro, na pessoa de seu Criador. Pois “o Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já antigamente ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que o Senhor não esteja longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos”.

Eu me pergunto: quanta consciência de Deus, o Senhor, tem as pessoas deste mundo exterior, em especial as famosas? As que vivem suas idas e vindas, seus altos e baixos, como que em uma grande gangorra, que ora lhes permite ver ao longe, ora, bem de perto, as nuanças que a vida toma, como que numa sequência de alertas para a finitude da dinâmica da vida. Nos meus longos e silenciosos deslocamentos entre minha casa e meu trabalho, aprendi a passar horas refletindo sobre a finitude desta vida sanguínea comparada à fluidez da vida eterna prometida na palavra de Deus a todos quantos o priorizam acima de si mesmos.

Um pacto de emprego. Fico me perguntando que destino teve o superstar Michael Jackson, falecido há poucos dias. Será que ele chegou a amadurecer diante de Deus em seus breves 50 anos de idas e vindas pelos palcos da fama e da infâmia, da fortuna e da falência? Será que ele teve oportunidades de refletir sinceramente sobre a distância entre seu ego e seu superego? Onde foi deixado o Deus Criador do Michael em seu processo de satisfação plena dos instintos e desejos? Será que o apaixonante cantor de uma de minhas músicas favoritas (I´ll be there) esqueceu-se completamente de que cantara em 1970 um pacto com Deus? A letra de “Estarei lá” é uma verdadeira declaração de amor, que nos convida a levar Deus muito a sério, em nosso mundo interior: Você e eu devemos fazer um pacto. Devemos trazer salvação de volta. Onde existir amor, estarei lá. Estenderei minha mão para ti. Terei fé em tudo que fazes. Clame a mim, e estarei contigo. Estarei lá para confortá-lo. Construirei meu mundo dos sonhos em ti. Estarei lá com meu amor implacável. Serei tua força. Estarei seguro em ti. Vou adorá-lo com amor altruísta!

I´ll be there (Michael Jackson)








You and I must make a pact / we must bring salvation back / where there is love, I´ll be there
I´ll reach out my hand to you, / I´ll have faith in all you do / just call my name and I´ll be there
And oh - Ill be there to comfort you, / Build my world of dreams around you / I’m so glad that I found you / I´ll be there with a love that’s strong / I´ll be your strength, I´ll keep holding on / Yes I will, yes I will
Let me fill your heart with joy and laughter / Togetherness, well that’s all I’m after / Whenever you need me, I´ll be there / Ill be there to protect you / With an unselfish love I respect you / Just call my name and Ill be there
If you should ever find someone new / I know he’d better be good to you / because, if he doesn’t, I´ll be there / Don’t you know, baby, yeah yeah / I´ll be there, I´ll be there, just call my name, I´ll be there
(Just look over your shoulders, honey - ooh) / I´ll be there, I´ll be there, whenever you need me, I´ll be there
Don´t you know, baby, yeah yeah / I´ll be there, I´ll be there, just call my name, I´ll be there...


Emprego de sal e luz. Tanto eu, quanto Michael, quanto Beyoncé, quanto você precisamos estar atentos a uma oferta perene de emprego realmente compensador. É emprego real, de rei, de gente que vai e vem de um canto do céu para outro com poderes absolutos de fazer o bem ao próximo. A incumbência principal desse emprego maravilhoso está nas propriedades do sal e da luz. Sendo sal, requer-se do candidato ter nascido da interação entre um ácido (liberador de cargas positivas; a palavra de Jesus, por exemplo) e uma base (ingrediente principal numa mistura; o amor, por exemplo). Sendo luz, requer-se do candidato a habilidade de emitir claridade, mesmo não a possuindo, mas que reflete a partir de outro corpo (Deus, por exemplo). Ser sal e ser luz no mundo exterior e tão fundamental para agradar à Autoridade, que emprega nossas vidas, que o próprio Impecável Carpinteiro (e executivo da Palavra e do Amor) assim ensinou:

— Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam.
— Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. A luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e honrem o Pai de vocês, que está no céu.



Quem procura o melhor emprego na vida faz de suas idas e vindas uma trilha fértil em amor e paz, para alimentar e iluminar os candidatos do mundo exterior rumo à feliz cidade.



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sábado, 20 de junho de 2009

PARA OS NASCIDOS NESTE MUNDO,

O Senhor quer te devolver ao amor, ao poder, e à sabedoria.

Questões eternas. Outro dia — não sei se sonhando ou se pensando, mas o meu amigo do coração, o Celso Omar Perpétuo, perguntou-me à queima-roupa:
— O que você descobriu dos segredos da vida na sua breve existência? Conte-me suas descobertas ao especular nas muitas inquietudes da vida enquanto imerso em seu mundo interior? Para que Deus criou a humanidade? Por que Deus não te criou diretamente um ser angelical, puro, um perfeito servo dele? Para que o ensino e o aprendizado na estreita e rústica trilha que te trouxe de volta até as margens do rio onde te acordei? Por que existe o mundo dos astros estelares e da terra azul de onde você veio? Por que você existiu física e materialmente? E não apenas em espírito, como um anjo ou um capeta? Por que Deus fez gente como você?

As perguntas colocadas pelo Celso me deixaram sem fala. Embora tentasse, não conseguia responder-lhe um A. Minha disposição de falar não fora acompanhada de raciocínio. Eu não conseguia expressar uma linha lógica, pois não conseguia formular respostas articuladas em fundamentos tão elevados. Na verdade, em parte eu desconhecia as respostas, em parte evitava pousar de tolo diante da sabedoria de meu anfitrião do outro lado do rio da vida. Receei expor meu despreparo injustificado diante do mestre que tão atenciosamente me estendera a mão nos meus inúmeros naufrágios, nas tentativas de cruzar as águas daquele rio cristalino e abismal para a outra margem de campinas verdejantes, povoadas de lindas casinhas brancas, com quintal e varanda e gente absolutamente feliz.

O som da Criação. Quando me dei conta de que meu devaneio se passara em meio à tentativa de articular mais uma reflexão para meu blog Do Mundo Interior, fui despertado pela canção linda, sem palavras, chamada “After the Harvest”, feita por uns anjos de Veneza, e tocada muitas e repetidas vezes no computador da escrivaninha do meu filho. Será que aquela música me inspiraria uma resposta boa o suficiente para que meus amigos do lado de lá, do Omar, se orgulhar? E se eu iniciasse meu discurso explicativo sobre a origem do universo, tendo como fundo musical uma canção cujo tema se refere ao pós-mundo chamado Céu? Onde a perfeição germinará de boa colheita. Mas colheita de quê? De gente? Puxa vida! Vai dar certo assim. Porque Jesus veio ao mundo para também ensinarmos a pescar, semear e colher. O Senhor ensinou-nos a não garfar, mas a colher; colher gente arrependida e regenerada para não mais garfar a Deus! Vai dar certo! Ouça The Angels of Venice! Sem pressa, por favor! O Perpétuo é paciente conosco, com pessoas que não garfam a paciência dele!








After the Harvest
The Angels of Venice

Tudo muito bom. Iniciei minhas pesquisas sobre o para quê o mundo existe buscando dicas na primeira página do livro de Gênesis, lógico! Lá diz assim: (Permaneça ouvindo After the Harvest, pois, na descrição abaixo, Deus ainda estava semeando para colher gente boa plantada em seu Filho amado, o Impecável Carpinteiro, o restaurador de ladrões e bandidos, como eu, que me cansei de garfar a Deus!)

No começo, Deus criou os céus e a terra. A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo, perpétuo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água. Então Deus disse: “— Que haja luz!” Deus viu que a luz era boa e a separou da escuridão. Então Deus disse: “— Que haja no meio da água uma divisão para separá-la em água acima (céu) e água abaixo (mar)!” Aí Deus disse: “— Que a água que está debaixo do céu se ajunte num só lugar (os mares) a fim de que apareça a terra seca!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Em seguida ele disse: “— Que a terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que dêem sementes e árvores que dêem frutas!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Então Deus disse: “— Que haja luzes no céu (estrelas) para separarem o dia da noite e para marcarem o dia, os anos e as estações!” E assim aconteceu. Deus fez as duas grandes luzes: a maior (o sol) para governar o dia e a menor (a lua) para governar a noite. E Deus viu que o que havia feito era bom. Então Deus disse: “— Que a terra produza todo tipo de animais: os domésticos, os selvagens e os que se arrastam pelo chão!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Aí ele disse:

“— Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco (a Trindade). Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais.” Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos consigo mesmo, parecidos com a sua natureza divina, tendo poder para fazer coisas, e tendo a capacidade de amar, e de serem sábios à semelhança de seu Criador. Ele criou o homem e depois, por ser Deus muito carinhoso, ele criou a mulher e os abençoou muitíssimo, dizendo: “— Tenham muitos e muitos filhos; todos parecidos com Deus e dependentes de seu amor; espalhem-se por toda a terra e frutifiquem-na.” E Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom
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A velha insubmissão. Mas (e a história bíblica detalha), o vovô Adão e a vovó Eva resolveram equiparar-se a Deus, ser como Ele, independente em suas vontades; resolveram garfar-lhe um atributo da Divindade, que os fariam também deuses, ainda que com D minúsculo. Eva e Adão não se declararam satisfeitos em parecer-se com Deus, como se fosse pouco ou insuficiente seu status humano (de poder, de amor, e de sabedoria) conferidos pelo Eterno para que vivessem alegremente em Sua companhia.

O homem, então, tentado pela criatura soberba, pelo anjo ladrão, falido e condenado (o Demônio na pele de serpente), o homem cobiça ser livre e independente de seu Criador. Sentiu-se atraído a experimentar não só o bem, mas também o mal. Até este funesto episódio na história da humanidade, o homem só conhecia o bem, não tinha tido acesso ao mal. Mas, seduzido em sua faculdade de sábio, o homem usa da função insubmissão, caindo na conversa da Serpente, a grande deusa insubmissa. O homem eleva-se soberbamente então, contrariando sua missão de filho querido, de criança obediente. Ele desobedece à instrução de Deus que lhe preservaria o poder, o amor e a sabedoria para viver somente na feliz cidade. A desobediência não lhe faria bem algum, mas lhe distanciaria do convívio visível com o Criador no jardim da infância. A desobediência precipitaria o homem no mundo dos deuses minúsculos, de seres independentes e mortais, na selva e no deserto da maturidade, da vida ou da morte, sob o regime do poder invisível de anjos caídos, que igualmente cobiçaram ser iguais a Deus, independentes como Deus.

O ambiente insubmisso. A dúvida colocada pela Serpente na cabeça do homem e da mulher, alimentada pela cobiça, que normalmente descamba na desobediência, precipita o homem a viver na dimensão do mundo exterior, o mundo herdado por todos nós, o espaço e o tempo que nos separam do Jardim do Éden, do mundo interior, onde há ambiente humano para o Espírito Santo de Deus operar, garantindo o suprimento de poder, de amor e de sabedoria aos filhos de Deus para que vivam eternamente na dependência da felicidade. No mundo exterior, morada de deuses minúsculos e de homens e mulheres mortais, o poder, o amor e a inteligência são disputados à tapa, à insubmissão e à corrupção. Num ambiente insubmisso vale a lei dos medíocres, a lei dos mais fortes de arrogância, a lei dos mais espertos na burrice, a lei dos vivos-mortos.

O resgate da prisão. Tendo observado que Deus criou tudo muito bom, que ele criara o homem parecido consigo mesmo, e que agora, pela soberba, seus filhos se distanciam dele, arrastados pelo desejo de construção de seu próprio reino humano, o reino do bem e do mal segundo a cabeça humana, você acha que Deus abandonara ou desistira de sua criação amada? Você não acha que apesar de o homem ter extrapolado os limites do Éden, aprisionando-se no convívio com a Desobediência, que o Amor do Pai, o seu único Filho 100% obediente, não traçaria uma trilha em meio à selva, em meio ao deserto, do mundo exterior, para que todo aquele que se arrependa, que queira deixar de ser deus, tenha a possibilidade do retorno à vida Eterna no Éden de Deus? Se Deus não tivesse um plano de salvação (para resgatar o homem de si mesmo, perdido no mundo exterior), Ele teria contrariado sua natureza amorosa. Deus é amor. Ele não se contraria. Deus não muda! Então, Deus anuncia seu plano de salvação para o homem perdido neste mundo de espaço e tempo exteriores ao Éden:

O Salvador do homem. Porque assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, para que toda a pessoa mordida de cobra fosse salva ao olhar para ela; assim também o Vermezinho (o Filho do Homem, o Filho único de Deus) teve de ser levantado no madeiro cruciforme, para que todo aquele que olhar atentamente para ele, hoje em dia, seja curado da praga do desejo de ser deus, e tenha a vida eterna através da justificação de nossa soberba arrependida e sarada por Jesus. Porque Deus amou tanto os seres humanos perdidos neste mundo exterior, que se deu a si mesmo, em seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna, ao achá-lo pela fé, não pela dúvida, mas pela humildade; não pela cobiça, mas pela disciplina; e não pela desobediência, mas pela obediência em manter-se nos limites do alcance de seu Poder, de seu Amor, e de sua Sabedoria.

Então, para que Deus criou o mundo, este universo que contém todas as coisas (poder, amor, sabedoria) para o homem?

O poder no seu devido lugar. (1) Deus criou o mundo para compartilhar seu poder com o homem sem ser roubado em Seu Poder, por homens metidos a deuses do poder. Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? A Serpente aborda a mulher relativizando o poder de Deus: “É assim que Deus disse?” A dúvida faz a mulher bambear diante de sua missão de vida: ser um ser perfeitamente feminino, feita caprichosamente por Deus para formar com o homem um ser único e indivisível na atratividade do prazer e das necessidades complementares ricamente satisfeitas.

Semelhante à mulher, o homem também cede, quando bastavam pronunciar um sonoro NÃO à cobiça cantada de fora (do mundo exterior) para dentro (do mundo interior) de suas vidas perfeitas. E se Eva e Adão tivessem exercitado suas virtudes de sabedoria e obediência humanas, teriam eles cedido ao silvo hipnotizante da cobra maldita? Qual foi o elemento da cobiça? Não foi o desejo de ir além dos limites naturais da criação? Você reconhece e respeita limites naturais? Qual a sua inclinação ao ouvir gente astuta dizer por aí? “Você quer, você pode!” Você responde? “Quero, mas não posso, portanto não faço!”

O amor no seu devido lugar. (2) Deus criou o mundo para compartilhar seu amor com o homem sem ser roubado em seu amor, por homens metidos a deuses do amor. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Você conhece uma canção infantil que diz? “Cuidado olhinho o que vê!” Você conhece algum cego infiel? Há cego que não seja gente boa? Cegos podem não enxergar o que nossos olhos vêem, mas eles são cuidadosos ao perceberem a pressão do perigo. Cegos aceitam conselho e aceitam ajuda de quem vê perfeitamente? Quem vê os perigos de sua vida perfeitamente? Você ou Deus? Eva e Adão (e você, por que não?) exercitaram a disciplina dos olhos no convite da serpente? Você tira o olho ou dá uma de deus do amor, liberando o Eros da ação incontida no prazer dos olhos? Por que você não diz assim? “Agradável e desejável é, mas não me pertence, portanto não me meterei nisso aí!”

A sabedoria no seu devido lugar. (3) Deus criou o mundo para compartilhar sua sabedoria com o homem sem ser roubado em sua sabedoria, por homens metidos a deuses da inteligência. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Eva e Adão sabiam que o fruto da árvore lhes daria entendimento, lhes daria a faculdade de compreender coisas ocultas, o talento de pensar e de conhecer o que há do lado de fora do jardim da infância, do Éden Lar das Crianças. Por que Deus não lhes autorizara conhecer o lado de lá do Jardim? Quem mora no mundo exterior não são os deuses minúsculos, os coleguinhas da Serpente, os ladrões da sabedoria de Deus? Deus não construiu o mundo exterior (confinado pelo espaço e tempo) para seus filhos, mas o destinou para os anjos caídos, para os maus. Agora que você sabe o que é uma penitenciária, você gostaria de passar 90 anos lá dentro sem esperança de liberdade? Os que não roubam neste mundo, evitam as cadeias desta vida. Os que não roubam no amor, no poder e na sabedoria, evitam a escuridão da vida eterna.

Escolha ser livre. Sabe de uma coisa? Deus criou o mundo e achou-o muito bom. Deus criou você, seus pais, seus avós, e até os mais velhinhos Adão e Eva, e achou isso muito bom. Deus nos vê roubando-lhe o amor, o poder e a sabedoria, e isto não é nada bom. Deus enviou seu Filho Jesus para nos salvar da falta de liberdade temporária e da prisão eterna pelos roubos que praticamos, e o Seu Filho é muito bom Salvador. Mas Jesus não veio salvar prisioneiros que se consideram livres, mas aprisionados que anseiam por liberdade. Os deuses minúsculos já se deleitam com o poder corrupto, o amor sórdido, e a vil sabedoria que eles roubam do Eterno e maquiam no salão de beleza da peste! Esses terão de tomar uma boa ou uma má decisão: voltar a ser homem e mulher originais, ou permanecer um minúsculo deus de poder, de amor e de sabedoria. É assim! É tão simples quanto à decisão de Eva e Adão: aceitar a oferta de salvação do Filho (voltar a ser homem e mulher) ou permanecer um deus minúsculo. A gente decide! Nossa gênesis optou pela independência na escolha do bem e do mal. Ótimo, se optarmos por buscar a liberdade conforme o projeto original, o projeto da Gênesis.

Permaneça livre. Como eu tenho certeza que todo homem e toda mulher originais se apaixonam pelo Senhor ao conhecê-lo, te ofereço a canção da irmã Heloisa Rosa. Observe que a Heloisa é uma rosa que canta, não é uma serpente que encanta. Ela encontrou em Jesus um amigo eterno. Seu toque ela sentiu, foi o mais íntimo de todos. Seu coração partiria, se ela perdesse esse amigo em meio à selva, em meio ao deserto neste mundo exterior, o mundo dos deuses minúsculos e cegos de amor, de poder e de sabedoria de Deus.








Amigo Eterno
Heloisa Rosa

Que Amigo encontrei / E mais chegado que um irmão / Teu toque já senti / Foi mais intimo de todos
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno
Que esperança encontrei / Foi mais fiel que uma mãe / Meu coração partiria / Se eu perdesse esse amigo
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno
Que esperança encontrei / Foi mais fiel que uma mãe / Meu coração partiria / Se eu perdesse esse amigo /
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno


Deus criou o mundo para compartilhar seu amor, seu poder e sua sabedoria com o homem e a mulher, seus filhos, queridos!



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segunda-feira, 8 de junho de 2009

PARA QUEM QUER EVITAR TRAGÉDIA,

O Senhor nosso Deus é fiel.

Tragédias são evitáveis. Há garantias de que possamos viver a vida sem sofrermos tragédias pessoais? Tragédia é um acontecimento que gera lástima ou horror. O emprego do termo tem origem nos antigos teatros gregos que representavam cenas fortíssimas baseadas no clamor de bodes, em cerimonial de sacrifício que gerasse catarse, um sentimento de purgação, numa multidão de expectadores ávidos pelos bacanais de um ídolo nada bacana chamado Baco. Tragédia é também uma história com final dramaticamente triste. Tragédia ou desgraça é algo sinistro, geralmente fúnebre. Um olhar para essas coisas medonhas só tem valor se pudermos delas extrair estratégias que nos ajudem a afastá-las de nosso caminho, de nosso plano de vôo. Isso é possível? Não seria muito bom alcançarmos uma garantia capaz de manter episódios trágicos longe de nós e de nossos queridos? Quanto se empenharia um parente de alguém sinistrado se fosse possível voltar o tempo para impedir a colisão frontal, o vôo da morte ou a má companhia? Na impossibilidade de se rebobinar o tempo no filme da vida, há consolação que supere a dor de tragédias?

Distração mata. Era uma vez, 1985! Meu irmão foi assassinado com um tiro à queima-roupa no rosto aos 27 anos de idade. Ele andava em más companhias. Ele fora avisado da possível tragédia não poucas vezes. Por que ele não ouviu os conselhos? Será que ele ouvira, mas não tivera força interior para se afastar do perigo sinalizado? O que eu daria se eu pudesse voltar o tempo? Se eu soubesse o que sei hoje sobre os sinais de alerta à tragédia? Eu teria feito muito mais pela vida e felicidade dele! Tenha certeza disso! Pois você faria o mesmo pelo seu irmão: um cara melhor do que eu, mais romântico do que eu, mas alegre e divertido do que eu, mais ávido por ser livre e feliz do que eu. Ele compartilhava conosco o seu mínimo, só para que compartilhássemos o que ele achava que tínhamos de máximo: uma bicicleta monareta, um tênis limpo, um desodorante de farmácia, algumas migalhas de dinheiro. Como não o compreendemos o suficiente, como não o fizemos sentir-se amado o suficiente, como o repreendemos e lhe demonstramos que ele não possuía nossas boas virtudes, meu irmão perdeu-se em direção à desumana tragédia.

Chorar ajuda. Mas (e graças a Deus houve um, mas!), antes da tragédia, meu perdido irmão foi achado por um Amigo mais chegado que um irmão — para citar uma das muitas expressões maravilhosas escritas no Manual (que você deveria ler) em referência ao Impecável Carpinteiro. Eu tenho duas provas de que meu irmão está feliz na eternidade com Jesus: uma foto e um milagre. Tenho a foto dele se rendendo a Jesus no domingo anterior à sua morte trágica! Posso te mostrar os olhos lindos de meu irmão chorando abraçado com minha mãe no altar de uma igreja na Baixada Fluminense. Você já chorou em algum altar? Quando você vai chorar se rendendo a Jesus? Eu sei que chorar no altar é sinal de quebrantamento diante do dono da igreja cristã. Quebrantamento é fraqueza, é prostração, é rendição da alma. Na Bíblia está escrito que Jesus falou que o poder dele se aperfeiçoa em nossas fraquezas. Essa é uma prova, entendeu! Quando meu irmão só tinha as lágrimas para oferecer, ele recebeu o poder do Senhor para passar pela tragédia que se anunciava secreta e carrascamente.

A Palavra ilumina. A outra prova de que meu irmão está bem vivinho-da-silva é o milagre da revelação da Palavra de Deus ocorrido na noite de espera pela liberação do corpo. Minha mãe, à beira do desespero escurecedor da mente, se perguntava onde estaria o seu filho do coração, onde estaria a alma dele. Meu irmão estaria naquela gaveta desgraçada de fria do necrotério? Como dormiríamos sem saber? Como ela viveria sem saber seu destino silencioso? Quanto peso levaríamos sob a dúvida de seu eterno futuro? Peso por não o termos incluído com mais densidade em nossas prioridades, por exemplo. Você ama a ovelha-negra de sua casa? Você tem paciência amorosa com seu parente desafeto? Quem se considera justo não deveria justificar o injusto? Pois bem! No choro doído de minha mãe, tive a graça (um presente imerecido) de por a Bíblia fechada nas mãos dela. O que ela fez?

Deus é fiel. Minha mãe, de um lance, abriu a Palavra em qualquer lugar — como em qualquer lugar não foi onde seus olhos molhados recaíram! O olhar incerto de minha mãe poderia ter focado qualquer um entre os mais de 30.000 versículos da Bíblia. Você já teve tanta “sorte” de acertar tão baixa probabilidade em circunstância tão crítica? Pois minha mãe, que pouco entendia de Bíblia, mirou o seguinte, no livro da vida: “Jesus disse: — Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas, e eu vou preparar um lugar para vocês.” Aleluia! Entendeu mais essa prova, querido? O Eterno estava dizendo que minha mãe descansasse; que fosse dormir um pouco; que não havia caso para terror naquela trágica passagem de seu filho; que meu irmão estava em uma de Suas moradas celestiais! Muito longe de qualquer gaveta nojenta e gelada do necrotério de Nova Iguaçu! Que Ele, Deus, se antecipara à tragédia que caíra sobre o corpo do nosso querido Oséias! Que nós sossegássemos num pouco de sono, pois Deus é fiel e eles permaneceriam acordados — Eles: Jesus e Oséias, como acordados estarão para todo o sempre. Aleluia mesmo!

Jesus salva. Aleluias de gratidão ao Senhor! É por isso que eu só falo de Jesus hoje em dia. Embora eu fora incapaz de evitar a morte trágica de meu irmão, Jesus foi capaz de prepará-lo para morrer; para passar por uma gaveta estreita, e encontrar do outro lado um campo verdinho e florido de casinhas brancas, com quintal e varanda. Ele foi capaz de preparar antecipadamente uma casinha branca para meu irmão morar no céu, o endereço de Jesus! O futuro de meu irmão fora traçado pelas nossas culpas e debilidades do convívio em família, mas Jesus tomou sobre si nossas transgressões, socorrendo-nos em misericórdia para nos destinar à família dos remidos eternos. A tragédia tornou o corpo do meu irmão às cinzas, mas Jesus tornou o meu irmão (com alma e tudo) um príncipe em suas mansões celestiais.

Fé vivifica. Será que o mesmo provado destino de meu irmão também recaiu sobre o pescador chamado Pedro, da canção “O Mar” de Dorival Caymmi? Será que o choro da esposa Rosinha de Chica, à beira da praia, teve consolação! Por que Pedro saíra em mar tempestuoso ignorando os sinais dos tempos? Por que ele não se abrigou quietinho com sua bonitinha, bem feitinha, no apriscozinho das ovelhinhas de Jesus, esperando o carrasco solto no mar ir embora para outros mares? Por que após o “morreu, morreu, morreu...” o Caymmi não cantou “mas vivo está, vivo está, vivo está...?” Você é como o Dorival, é? Cante com fé, meu irmão, tenha fé para cantar: “Morreu, mas viveu / morreu, mas viveu / morreu, mas viveu”! Quem morreu e viveu? Quem morreu e ressuscitado está? Tenha fé, gente boa! A fé faz a gente viver! Não desprezes os sinais dos tempos, não! O perigo anda à solta para nos tragar na tragoidia!










O Mar (Dorival Caymmi)
O mar quando quebra na praia / É bonito, é bonito / O mar... pescador quando sai / Nunca sabe se volta, nem sabe se fica / Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos / Nas ondas do mar / O mar quando quebra na praia / É bonito, é bonito
Pedro vivia da pesca / Saia no barco / Seis horas da tarde / Só vinha na hora do sol raiá / Todos gostavam de Pedro / E mais do que todos / Rosinha de Chica / A mais bonitinha / E mais bem feitinha / De todas as mocinha lá do arraiá
Pedro saiu no seu barco / Seis horas da tarde / Passou toda a noite / Não veio na hora do sol raiá / Deram com o corpo de Pedro / Jogado na praia / Roído de peixe / Sem barco sem nada / Num canto bem longe lá do arraiá
Pobre Rosinha de Chica / Que era bonita / Agora parece / Que endoideceu / Vive na beira da praia / Olhando pras ondas / Andando rondando / Dizendo baixinho / Morreu, morreu, morreu, oh... / O mar quando quebra na praia


Caos mata. No livro do apocalipse (o último livro do Manual que contém revelações terrificantes, tragoidianas, acerca dos destinos da humanidade), mar é metáfora significando poder do caos. Se eu soubesse o que sei hoje sobre os sinais emitidos no caos desse poderoso mundo exterior, eu teria desenvolvido certo “poder” de aconselhamento a alguns mundos interiores (os corações) de amigos e familiares. O que sei pode não ser muito, mas é conteúdo suficiente para escrever sobre Evitando Tragédias. E isso não é pouca coisa! Também não é menor a virtude de se viver na típica confusão de nossas cidades enquanto percorremos o caminho atípico e estreitinho de paz e segurança que leva à feliz cidade.

Fique esperto. Você sabe que istmo existe, não sabe? Istmo é uma faixinha de terra que liga uma península a um continente. Gozado...! Que o primeiro istmo a ser chamado assim foi um istmo na Grécia, exatamente onde inventaram Tragédia [sendo tragos (bode) e odé (canto) combinados dão tragoidia (clamor dos bodes), de cuja palavra derivou-se tragédia]. Será que Deus criou os “istmos” só para nos lembrar que existem saídas dos ambientes mundanos e perigosos onde ocorrem clamores trágicos de bodes sendo sacrificados em rituais “bacanas”? Será que Deus quer que fiquemos espertos, prudentes como as serpentes, para evitarmos passar pelo sacrifício cabrum dos caprinos? Você não é bode não, querido! Fica esperto, cabra! Prefira ser carneiro, um esposo de ovelha. Mas não seja nem bode nem cabra da peste. Seja cordeiro obediente! Um filho da mãe ovelha. Seja você o que for: quem é esperto arranja tempo e neurônio de gente boa para refletir como um filho de Deus na Palavra.

Vigiai e orai. Para colocarmos tragédia em seu devido lugar (no inferno das maldades!), assim disse o Impecável Carpinteiro, o transformador de vidas caprinas em vidas ovinas: Vigiem e orem para que vocês não sejam induzidos à tentação que mata nas tragédias da vida. É fácil querer evitar tragédias; o difícil mesmo é conseguir. Ninguém sabe o dia nem a hora em que tragédias e passagens para a eternidade acontecerão. Vigiem e fiquem alertas, pois vocês não sabem quando chegará a hora. Se a tragédia ou a passagem chegar de repente, que vocês não estejam distraídos, como se dormindo no posto de guarda. O que eu disse, repito: fiquem vigiando – assinado: Jesus.

Cabeça de bode. Quando aconteceu a passagem de Jesus deste mundo para o céu, pergunto: ele estava vigiando? Ele sabia da iminência de sua passagem trágica? Apesar de a resposta me parecer universalmente conhecida, merece que enfatizemos: Jesus sabia com precisão o momento de sua tragédia! Ele não teve uma passagem suave, como seus ancestrais — Davi, Jacó, Isaque, Abraão e tantos outros carneiros de Deus. No entanto, ele sabia que seria moído, que seria morto como um bode, embora fosse o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O que é melhor? Saber a hora da passagem? Ou ser surpreendido pela tragédia? Você acha que existe passagem às cegas? Você acha que, quando uma pessoa passa para a eternidade, ela e nós não sabemos que chegou a hora? Mas, as pessoas mundanas (do mundo exterior) parecem não ter desenvolvido consciência para permanecer alertas à possibilidade da tragédia. Você está observando que estou diferenciando tragédia de passagem, não está? Tragédia é encarar o carrasco no caos da selva, do mar ou dos ares. Passagem não tem nada de tragédia. Passagem é entrar para o aprisco seguro quando o carrasco mostra os dentes! O que acontece para quem não entra para o aprisco das ovelhas e dos carneiros? Mas insistem em permanecer cabramente, burramente (com mente de burro) no caos da selva, do mar ou dos ares? Tragédia! O bode perde a cabeça completamente!

Tentação gera tragédia. Por que Jesus mandou suas ovelhas vigiarem a proximidade da tentação? Será que é porque a tentação depois de assimilada, após o encanto passar, ela se transforma em carrasco impiedoso? O bom pastor, que deu a vida por suas ovelhas, não deseja que cordeirinhos sejam sacrificados pelo carrasco, o executor de bodes encantados pela tentação. O bom pastor deseja que o rebanho dele se recolha no aprisco. Enquanto suas ovelhas ainda estão a caminho da passagenzinha para dentro do aprisco no céu, o que as cerca por aqui? Selva, mar e ares, né? Pois é: você e eu corremos o risco de encarar o carrasco enquanto estivermos fora do aprisco da eternidade! Mas qual a garantia de proteção enquanto estamos nesse caminho, do lado de fora do aprisco? Vigiai e orai! A garantia está em vigiar e orar. Você tem vigiado? Se você tem vigiado, você tem orado o Salmo 91? Você acha que há segurança alternativa, algo light, que dispense vigilância e oração quanto ao carrasco e seu machado da marca tragoidia?

Aprendendo a viver. Quero concluir enfatizando, não as tragédias, mas as passagens, passagens bíblicas (o Salmo 91, por exemplo. Poderia ser o capítulo 8 de Deuteronômio também, e muitas outras passagens). Está na disciplina de caminharmos junto ao pastor ressuscitado das ovelhas, o eterno Emanuel, a garantia fiel de proteção quanto às tragédias. E quando atravessarmos a passagenzinha para o aprisco, o canto que se ouvirá não será mais de tragoidia, de clamores de bodes ensangüentados. Pois, então, estaremos após o mar (beyond the sea), após o poder do caos dos mares da vida, onde dançaremos sob canções de deleite como a interpretada pelo irmão Robbie Williams, que você não pode deixar de entender e praticar. O Robbie diz que não quer mais saber de velejar em águas tentadoras. Foi numa dessas que ele perdeu a mulher de seus sonhos. Perder esposa é trágico, não é? Você já observou quantos bodes perdem cabras hoje em dia? Bodes precisam fazer pós-graduação na Universidade dos Carneiros. Hahaha!

Então, para fechar (não o aprisco, mas o artigo) leia e reflita sobre o valor protetor da vigilância e da oração. Vigiai e orai! Pois só na prudência e na adoração a Deus permaneceremos escondidos do carrasco especialista em tragoidias.

Escondendo-se da tragédia. A pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo e se abriga na sombra protetora do Todo-Poderoso pode cantar a ele:Ó Senhor Deus, tu és o meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio em ti.” Deus livrará você de perigos escondidos e de doenças mortais. Ele o cobrirá com as suas asas e debaixo delas você estará seguro. A fidelidade de Deus o protegerá como um escudo. Você não terá medo dos perigos da noite nem de assaltos durante o dia. Você não terá medo da peste que se espalha na escuridão nem dos males que matam ao meio-dia. Ainda que mil pessoas sejam mortas ao seu lado, e dez mil, ao seu redor, você não sofrerá nada. Você fez do Senhor Deus o seu protetor e, do Altíssimo, o seu defensor; por isso, nenhum desastre lhe acontecerá, e a tragédia não chegará perto da sua casa. Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo da tragoidia aonde quer que você vá.









Beyond the Sea (Robbie Williams)
Somewhere beyond the sea / Somewhere waiting for me / My lover stands on golden sands / And watches the ships that go sailing /
Somewhere beyond the sea / She's there watching for me / If I could fly like birds on high / Then straight to her arms I'd go sailing /
It's far beyond the stars, / It's near beyond the moon / I know beyond a doubt / My heart will lead me there soon /
We'll meet beyond the shore / We'll kiss just like before / Happy we will be beyond the sea / And never again I'll go sailing /
I know beyond a doubt / My heart will lead me there soon / We'll meet, I know we'll meet beyond the shore / We'll kiss just as before / Happy we will be beyond the sea / And never again I'll go sailing
No more sailing / So long, sailing, sailing, no more sailing / Good-bye, farewell my friend, no more sailing / So long sailing, no more sailing / no more, farewell... / no more sailing


A gente evita tragédias vigiando e orando para sermos escondidos do carrasco sob a fidelidade de Deus.

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domingo, 31 de maio de 2009

PARA QUEM TEM UM AMOR NA DEPRESSÃO,

O Senhor não remedia a tristeza, ele cura.

Depressão tem cura. Olá! Muito prazer! Também fui um depressivo. E desejo te contar um pouco de minha luta na depressão e como fui misericordiosamente resgatado dela. Não vou esperar o término do artigo para te sugerir a cura de graça para essa chaga desgraçada. Cura é mais do que remédio. Remédio combate um mal. Cura restabelece do mal. Remédio alivia, cura resolve. E graça? Graça é um presente do Eterno que ao recebermos com gratidão se transforma em cura com Deus. Desgraça é não receber presente algum de cura em Deus. Então, queira o teu Criador que você, gente curada, nunca caia ou recaia no abismo da depressão. Mas se cair, a graça de Deus te é oferecida na cura. A cura, quando assimilada com fé, sara toda e qualquer fraqueza física, espiritual e psíquica. Eu gosto de lembrar que do Senhor nosso Deus provêm não um remédio, um alívio parcial do mal, mas sim uma cura completa! Deus cura da depressão, meu amado, minha amada! Ele sara completamente o corpo e a alma. Entregue a dor de seu amor (parente ou amigo) a Ele! Leve seu amor a render-se a Ele. Que seu amor receba de graça a cura por Ele.

Você pode ajudar. Por que não me refiro diretamente ao depressivo, mas a você, um amigo ou parente de quem dói na depressão? Por que sugerir que você (um não-especialista) ajude seu amor diante dessa doença da mente? Porque na minha experiência o depressivo precisa de ajuda amorosa, tanto quanto de ajuda clínica. Ele ou ela é tão doente quanto qualquer paciente de cuidados médicos. É preciso que se leve o paciente ao médico ou vice-versa. O menor caminho à cura da depressão depende de você conduzir o paciente amado aos cuidados do Senhor nosso Deus, o Médico dos médicos. Eu creio na dispensação da cura em Deus através da prática do amor ao próximo. Seu parente, seu amigo, seu amor precisam desesperadamente de Deus e de você nessa hora. Intermedeia a cura da depressão pela pessoa querida, pelo amor de Deus!

Meu amor me ajudou. Era uma vez, 1992! Quando não tive mais recursos, quando a família se cansou, quando os amigos se distanciaram, o carinho de minha mulher me fez ajoelhar na sala do pequeno apartamento universitário, inclinar o rosto até que ele tocasse no piso, e chorar amargamente aos pés de Jesus, rogando-lhe Sua cura. Eu chorei um choro de rendição, um choro do medo de quem está diante do abismo chamado inferno letárgico. Chorei me entregando, me abandonando no Senhor. Chorei sem timidez diante dela e de meus dois filhos pequenos. Chorei de soluçar, dizendo em voz alta a Jesus que se ele me curasse da depressão eu seria um cara obediente a Ele. Chorei dizendo que eu nunca mais o deixaria em segundo plano na minha vida. Ensopei de lágrimas o carpete bege até que meus 100 bilhões de neurônios reconfigurassem (na massa cinzenta do cérebro doente) meu compromisso de jamais desprezar a liberdade que minha psique de borboleta obteve no sangue precioso de Cristo. Prometi ali, secando os olhos ali, no pó do carpete, que deixaria a minha arrogância exatamente onde ela pertence, ali, no local mais baixo onde meus pés jamais haviam pisado — aquela arrogância de achar que daria conta de meu doutorado sem a bênção primordial do Eterno. Arrogância de achar que eu era dono dos meios para me conduzir diante dos desafios da vida.

O vazio na depressão. Por que seu amor está depressivo? O que o precipitou na depressão? Você já refletiu sobre as causas da depressão? Depressão, segundo a psicanalista Maria Rita Kehl, resulta do empobrecimento da vida psíquica, sobretudo no que se refere à possibilidade de enfrentamento de conflitos. Em linguagem que gente como eu entende: depressão é o que sente o montanhista inexperiente e perdido, que não consegue mais ir para cima, e ir para baixo só no suicídio. E foi justamente isso que experimentei durante um tempo de vazio que me pareceu infindável. Provei uma total debilidade diante de expectativas comezinhas na caminhada diária. Subitamente, sem aviso prévio, minha vida se esvaziou de sentido e de energia. Tudo que pintasse em minha agenda: abrir um livro, freqüentar reuniões, dirigir, fazer compras, fazer provas; fazer exercício físico, comer, tomar banho, escovar os dentes, fazer qualquer outra coisa que você possa imaginar (qualquer!), tornaram-se tarefas desconexas e angustiantes na minha cabeça.

A energia foge na depressão. Uma tarefa desconexa e angustiante é aquela em que o cérebro perturba tua alma embaralhando as prioridades e dizendo que você não terá energia ou aptidão para dar conta de nenhuma. Um estado de depressão angustia, empobrece e apavora o raciocínio. Você se convence que morreu, mas continua de pé, um morto que respira, e que tem os olhos semi-abertos só para perceber as expectativas frustradas da família e dos amigos em relação a você. E você se aterroriza diante da certeza do fracasso após fracasso. Meus sintomas na depressão foram tão cruéis que desejei não acordar, ainda que a vida e as pessoas queridas fossem tão atraentes. Eu queria só poder dormir. Segundo a psicanálise, “o sono é fundamental para o bem-estar. É nesse momento que, sem parar de funcionar, o cérebro descansa, reorganiza as memórias do dia, e se prepara para lidar de maneira saudável com o estresse do dia seguinte.”

De fato, no sono eu me desligava de meus fantasmas. Mas o acordar significava tortura. Os fantasmas não haviam ido embora de minha mente após uma noite de descanso sob medicamentos. O bicho cruel aguardava eu abrir os olhos para segredar de manhazinha na minha cabeça que eu não iria conseguir nem uma colher-de-chá de energia, para o dia que se iniciava belo lá fora. Meus únicos estímulos e inclinações, pela manhã e no restante do dia, eram o de andar para trás, de recuar mais um tanto diante de tudo e de todos.

Não há depressivo arrogante. Quis desistir do doutorado. Voltar pra casa no meu país de origem. Mas que casa? Não haveria uma estrutura familiar para nos receber doentes numa volta precoce do exterior. Haveria a vergonha, a pecha dos comentários maldosos se referindo a um estudante despreparado, um pretensioso incompetente, um amador metido a montanhista das ciências e tecnologias aeroespaciais. Que justificativa meus filhos dariam aos amiguinhos na escola? Nós mal havíamos partido para uma ausência de quatro anos no estado do Texas! Por que retornar em tão poucos meses da partida festiva? De minha parte, não haveria dificuldade para confessar minha incapacidade, meu vazio, minha nulidade. Humildade não é problema para um depressivo. Não conheço um depressivo arrogante. Eu declararia minha impotência, meu desatino diante da aventura de uma escalada mal concebida. Não me justificaria. Comportar-me-ia como um doente crônico, que espera apenas a misericórdia das pessoas. Contudo, eu deveria admitir minha arrogância, pois foi ela quem acorrentou minha mente aos fantasmas.

Certa manhã eu avistei, pela janela do quarto, um jardineiro aparando o gramado do impecável condomínio de townhouses. Juro que desejei seu lugar. Creio que confessei para minha pobre mulher que desejaria mil vezes estar no sol trabalhando que no ar condicionado diante dos livros. No meu doentio entendimento, um trabalhador braçal não é sujeito à opressão da mente. Eu o via como um ser humano livre, leve e solto. Que, às quatro da tarde, ele poderia ir para casa e saborear o pão-nosso ganho no dia. A atividade de aparador de grama me causava inveja, pois embora quisesse, não poderia trocar meu status de doutorando pelo de um trabalhador. Por fim, aquilo era o que restara de mim: um boneco sem alma, uma criança sem graça, um homem mulambo, um cristão sem Deus, um chorão sem emoção, um verdadeiro nada! Tudo isso só porque eu trocara a abundante graça de Deus por um pouco de arrogância. E você? Você tem se abastecido na graça de Deus?

Lágrimas que levam à graça. Quisera eu tivesse ouvido o poeta Vander Lee sussurrar sua canção à minha alma, para que eu recebesse da graça de Deus e provasse Sua cura na misericórdia, já nas primeiras lágrimas da depressão. Quisera Deus minhas lágrimas me ensinassem nas primeiras gotas o significado da misericórdia do Senhor. Só depois de dor irresistível, entendi que misericórdia é não receber aquilo que eu mereço: punição pela arrogância. Arrogância é orgulho manifestado em atitudes altivas, montanhistas, atrevidas. E, só depois de ser curado misericordiosamente da depressão, entendi que graça é receber aquilo que eu não mereço: um favor sem mérito algum de minha parte. Que esta canção ajude você, um(a) amigo(a) de um amor em depressão a conhecer tanto a misericórdia quanto a graça curadora do Senhor nosso Deus.

Onde Deus possa Me Ouvir
Vander Lee








Sabe o que eu queria agora, meu bem...? / Sair chegar lá fora e encontrar alguém / Que não me dissesse nada / Não me perguntasse nada também / Que me oferecesse um colo ou um ombro / Onde eu desaguasse todo desengano / Mas a vida anda louca / As pessoas andam tristes / Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor...? / Morar no interior do meu interior / Pra entender porque se agridem / Se empurram pro abismo / Se debatem, se combatem sem saber /

Meu amor... / Deixa eu chorar até cansar / Me leve pra qualquer lugar / Aonde Deus possa me ouvir / Minha dor... / Eu não consigo compreender / Eu quero algo pra beber / Me deixe aqui, pode sair.

Adeus...


A fé curadora. Segundo o International Journal of Psychiatry (Jornal Internacional em Psiquiatria), “ter uma crença forte em algo ajuda a combater o estresse e os problemas emocionais.” Preste atenção, por favor. Repito: a psiquiatria afirma que ter fé em “algo” ajuda a “combater” os efeitos da depressão! Chamo atenção que este “algo” referido por cientistas significa no dicionário “qualquer coisa”. Dinheiro, bens, poder, religião, santo protetor, pau oco, pedra da sorte, água benta, amizade, ciência, inteligência, e até Deus são nivelados no “algo” dos cientistas. Logo, qualquer coisa que você escolher ter fé forte poderá aliviar, combater, os efeitos da depressão e suas conseqüências emocionais, conforme esse Jornal.

A psiquiatria está certíssima, embora ela não dependa de minha opinião para se estabelecer. Mas ela está ceguíssima ao confundir Deus com “algo”. Ô gente entendida! Deus não é qualquer coisa. Deus não é algo. E Deus não combate coisíssima nenhuma! Deus resolve a parada! Ele não alivia a dor, ele resolve a dor! Ele termina com a dor. Deus decreta o fim de problemas emocionais. O depressivo que quiser “combater” sua dor que fique com fé forte em “algo”. Mas o depressivo que quiser resolver sua dor, que tenha fé forte em Deus. Entendeu?

Tenha fé em Deus! Não tenha fé em qualquer coisa! Fé é ter certeza. Fé não é acreditar somente. Acreditar é dar crédito. Ter certeza é ter feito o que é certo. Fazer certo é ter fé que só Deus cura! Só Deus sara! Só Deus restabelece! Só a graça de Deus resolve! Só a misericórdia de Deus bate a depressão! Bate não, sopra! A cura de Deus é um sopro de vida na alma. Lembra? Tomou doril, a dor sumiu! Pois é: Deus soprou, depressão acabou! Deus falou, o depressivo se desafogou! Aleluia!

Deus não é algo. Você ficaria depressivo se soubesse que vai morrer afogado? Digamos que você está num barco em alto mar e avista uma onda tsunami no horizonte de seu barquinho. Pergunto: você fica feliz porque vai pegar aquela onda ou você fica aterrorizado e começa a rezar/orar porque aquilo é uma parede d´água? Tsunami está para onda, assim como depressão está para problema emocional. As coisas precisam guardar suas devidas proporções: cura não é remédio, assim como Deus não é algo. Entendeu? Que Deus fique claro em nossa massa cinzenta! Tratemos cura como cura e Deus como Deus, por favor! Pois bem, voltemos ao tsunami no teu horizonte azul-marinho. É possível que um dia você encare um tsunami emocional? Quando o tsunami vier, quanta fé forte você terá na sua reza/oração de que ela vai te resolver o problema da morte por afogamento? Sua fé estará em Deus ou estará em “qualquer coisa”? Vejamos em que estava a fé dos discípulos de Jesus quando eles sabiam que morreriam afogados no Mar da Galiléia!

Jesus silencia os cérebros. O mar doce da Galiléia, ou Lago de Genesaré, fica a 213 m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, tem cerca de 20 km de comprimento por 13 km de largura. Numa extremidade há um vale profundo cercado por rochas escarpadas (tipo paredes). O vento, afunilando-se através de colinas que o cercam e através dessas paredes, pode golpear o lago, provocando repentinas e violentas agitações marinhas. Vejamos abaixo como devemos nos comportar na depressão quando se tem Jesus (que não é “qualquer coisa”) no barco da vida.

“Em dado dia, sendo já tarde, Jesus disse aos seus discípulos:”

“— Passemos para o outro lado do lago.”

"E eles, deixando na praia a multidão (a quem Jesus ensinava assentado no barquinho), remaram conforme seu pedido. Lá longe no mar, levantou um grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia com grande perigo de afundar. E Jesus estava na popa, dormindo sobre uma almofada. E os discípulos apavorados com aquele conhecido fenômeno mortal da natureza, acordaram Jesus clamando aos berros:"

“— Mestre, Mestre! Nós vamos morrer! O Senhor não se importa que morramos?”

“Então Jesus acordou, se levantou, falou firme com a tempestade que afundaria o barquinho da vida deles, e disse ao vento:”

“— Silêncio! Fique quieto!”

“O vento parou, e tudo ficou calminho e silencioso como antes”.

“Aí Jesus fitou nos olhos de espanto e incredulidade de seus discípulos e perguntou, restaurando-lhes o cérebro deprimido pelo tsunami do lago da vida:”

“— Por que vocês são tão tímidos? Vocês ainda não têm fé forte em Deus diante do medo?”


Importa ter fé forte. Teu amor depressivo dependerá de tua fé forte no Senhor para ajudá-lo na cura misericordiosa da depressão. A canção “Mestre, o mar se revolta”, escrita na experiência dos discípulos do Mestre, por Mary Ann Baker, por volta de 1870, expressa a infalibilidade da resposta de Jesus a um coração humilde e quebrantado diante de um mar revolto. Procure esta canção na internet. Reflita na letra que diz: “Mestre; o mar se revolta, as ondas nos dão pavor. O céu se reveste de trevas, não temos um Salvador. Não se te dá que morramos, podes assim dormir? Se a cada momento nos vemos, sim prestes a submergir”. Tome posse também da experiência depressiva de Mary Ann cujo pai e mãe morreram de tuberculose na mesma época, deixando-a órfã ao lado de dois irmãos. Nem o funeral eles puderam oferecer aos pais, de tão pobres que eram! E ainda assim, ela teve fé forte para buscar nas lágrimas o socorro do Mestre. Veja lá na internet, a história de “Mestre, o mar se revolta”, e a resposta do Senhor: “As ondas atendem ao Meu mandar. Sossegai...”

Mas, basta ter fé de lágrimas. Concluo este artigo com uma canção do irmão Fernandinho: “Nada além do sangue de Jesus." Ela é totalmente inspirada para nos convencer da suficiência do amor de Jesus diante de toda e qualquer enfermidade. A fé no Senhor, não precisa nem ser tão forte para a cura, mas sim uma fé de quebrantamento, de choro, de confissão, de renúncia do ego, de entrega da vida aos cuidados do Mestre. Ouça, reflita. Se apresente a Ele se oferecendo para ajudar seu amor com compreensão, paciência e carinho. Quem sabe você toma seu amor pelas mãos e o leva ao choro do quebrantamento no piso de carpete bege igualzinho ao meu do ano de 1992?

Nada Além do Sangue
Fernadinho









Teu Sangue leva-me além / A todas as alturas / Onde ouço a Tua voz / Fala de Tua justiça pela minha vida / Jesus, este é o Teu Sangue
Tua cruz mostra a Tua graça / Fala do amor do Pai / Que prepara para nós / Um caminho para Ele / Onde posso me achegar / Somente pelo sangue
Refrão:
(1) Que nos lava dos pecados / Que nos traz restauração / Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus

(2) Que nos faz brancos como a neve / Aceitos como amigos de Deus / Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus
Eu sou livre, eu sou livre / Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus
Alvo mais que a neve / Alvo mais que a neve / Sim, neste sangue lavado / Mais alvo que a neve serei


O Senhor dirá à confusão na depressão: “Aquietai! Sossegai!

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sábado, 23 de maio de 2009

PARA OS QUE NÃO QUEREM A MORTE,

O Senhor te estende a mão na Passagem.

A mentira da morte. Você tem consciência dá maior mentira de todos os tempos? Afirmo solenemente que não conheço fraude maior! É uma mentira tão socada na cabeça da gente, tão pisada e repisada, que da criança ao idoso, do saudável ao enfermo, ninguém está livre desse encosto pegajoso na mente. É uma mentira imunda, indecente, imoral! Absolutamente desonesta e suja! É tão suja e imunda como lavagem (de porco) no cérebro de gente. É uma porcaria de uma lambança que só com jatos de Água viva, Luz intensa, e perfumes de eterno Amor, se pode limpar, clarear, e aromatizar essa nossa alminha sofrida! É uma mentira terrorista, medonha, que a gente até desenvolveu uma disciplina de gigante para nem pensar em pensar em desvendá-la. Só a pior besta fera do universo poderia articular tamanha trama para encobrir, esconder, a única saída da alma humana para os braços do Senhor nosso Deus. Essa única saída, única portinhola se chama morte! Mas, ela ficou tão esdruxulizada pelo mal que a chamaremos simpaticamente (como simpática é!) de Passagem, passagem para a Vida. O bicho mente quando segreda à tua mente que morte é coisa feia. A única passagem ou válvula de escape para a eterna vida feliz, a um lugar chamado céu, foi enfeiada, fraudada, pelo capeta.

Nomes feios. Capeta é nome ruim, nome de mentiroso! Outro nome dele é diabo, coisa asquerosa! Não é que ele é feio só. Na verdade, ele tem charme. É um galante extraordinário (mais que ordinário!), por isso perigosíssimo, um gatuno assassino! Se ele fosse feio de cara, ele (de tão infernal que é) não teria cara, seria uma mula sem cabeça. Como ele é mesmo uma alegoria de mula-sem-cabeça, ele engana cabeções por aí para serem cérebros pra ele. O bicho-papão tem muitos nomes indesejáveis. Leia correndo e com raiva essa sequência do dicionário de qualificações e títulos da peste, pois não nos interessa conhecê-lo mais do que importa saber seus ardis da mentira: diabo é chefe dos demônios, geralmente representado, na tradição popular, como um ser meio homem e meio cabra, de orelhas pontudas, chifres, asas, braços, e com a ponta da cauda e as patas bifurcadas; Demônio com D maiúsculo, Satanás, Satã, Lúcifer, anjo rebelde, belzebu, bruxo do inferno, dragão, espírito das trevas, espírito maligno, gênio das trevas, gênio do mal, pai da mentira, pai do mal, príncipe das trevas, príncipe do ar, príncipe dos demônios, serpente infernal, serpente maldita. Ufa! Basta!

Belas passagens agora. Chega disso, né? Respire um pouquinho, então. Dê uma oxigenada em seus pensamentos a partir de agora. Este é um artigo dificílimo pra mim também. Sou um como qualquer um: mortal, limitado, insatisfeito, pragmático, questionador. Sou um cara sem nada, tenho apenas uma identidade, mas sonho poder um dia ser príncipe, ser filho do Rei. Sonho com a possibilidade de coisas pouquíssimas pensadas entre gente executiva; que corre pra lá e pra cá atrás de soluções exatas, lógicas, racionais, para as coisas do dia a dia, como eu corro. No prefácio do blog, eu te lembro que apesar de engenheiro, de não ser psicólogo, filósofo, nem poeta, eu tenho uma alma, e gosto de cuidar dela, pois sou responsável por ela.

Também sou fiel à minha origem de ex-menino vendedor ambulante dos trens do Rio, um balconista de padarias na Baixada, que nada sabia sobre aonde a vida iria me levar, mas que desejava um caminho mais alto, desejava um amor mais profundo, queria um destino traçado, sonhava com um lugar onde os olhos não alcançam, e cujas mãos jamais tocaram. Sou inconformado com o silêncio na Passagem dos amigos. Fui inconformado com as Passagens precoces do meu pai (55) e do meu irmão (27). E, ambos, com menos de um ano de intervalo de cura da nossa dor. Sou um carinha, de tão “inha” com o fim da vida, que acabei incomodando o lado de lá dessa existência, e acabei sendo achado pelo Impecável, o morto-vivo, o Deus conosco, o eterno Senhor Jesus, o destruidor desse monstro da mentira, que ocultou de meus olhos a brechazinha na abóboda do big-bang do universo: a portinha estreita por onde eu vou passar para a eterna felicidade ao lado de Jesus, de meu pai Antônio, de meu irmão Oséias (eu choro...), e de meus muitos amores idos.

O desejo de passar. Como certo amigo Lucas Souza, eu também quero ir. Não quero ter medo. Quero continuar no estreitinho da vida, nessa trilha de paz em meio à selva, em meio ao deserto. Quero pro céu subir! “Eu quero ir onde os olhos não alcançam; onde as mãos jamais tocaram. Eu quero ir. Eu quero ir onde o sol não se apaga. Onde o amor não se acaba. Eu quero ir. Há um caminho mais alto. Há um amor mais profundo. Há um destino traçado que me leva a você, JESUS. Eu quero ir onde a paixão não vai embora. Onde a esperança não se esvai. Eu quero ir. Eu quero ir onde a canção não terminou. Aonde a chama é sempre acesa. Eu quero ir. Há um caminho mais alto. Há um amor mais profundo. Há um destino traçado que me leva a você, JESUS. Há um caminho mais alto. Há um amor mais profundo. Há um destino traçado que me leva a você, JESUS. Eu quero ir. Eu quero ir. Eu quero ir. Ahhh..ahhh.”

Eu Quero Ir
Lucas Souza








O golpe na morte. Quem não quer ir? Todos queremos ir. O que nem eu nem você queremos é a feiúra da morte. Mas todos queremos passar a viver. Para viver, é preciso ir, é preciso passar a morte. Não se pode remover sua realidade. Recuar diante dela? Impossível! Retardar? Talvez! Não há quem freie por muito tempo a caminhada para a Passagem. Nem o maravilhoso Carpinteiro, o restaurador de nossa existência, que teve autoridade e legitimidade de Deus para tanto, comandou um atalho que a evitasse. Na verdade, ele voluntariou-se diante do horror satânico das chicotadas, dos xingamentos, das bofetadas, das cusparadas e da crudelíssima crucificação. Por quê? Você já se fez esta pergunta? Por que Jesus voluntariou-se para sofrer diante do império incomparável da maldade? Por que ele atraiu todo o terror de todos os demônios do inferno sobre seu corpo e sua mente?

Você acha que eles (as trevas da estupidez) não usaram todo, absolutamente todo, poder satânico para mudar Sua cabeça? Você acha que os demônios queriam que ele morresse? Se seu corpo sucumbisse (como de fato aconteceu), sua alma se despregaria do húmus (barro) de humildade de que ele consistia. Sua alma se transformaria no Leão da Tribo de Judá. Você acha que a cambada não sabia que o Santo não poderia morrer? Pois se morresse, o Leão estaria solto para entrar no inferno! Matando Seu corpo, os bichos teriam de lidar com Sua alma de Leão. Matando seu lado 100% humano, restaria o que de Jesus? (Moço, moça, preste atenção nisso!) Matando o Carpinteiro, Satanás sabia que ele teria de enfrentar os outros 100% de Jesus, pois o Amado era 100% Homem e 100% Deus. Restou o 100% Deus Divino às portas do 100% Mau Maligno.

A destruição da morte. Com a morte do homem Carpinteiro, o Ser que se interpunha entre o céu e o inferno, entre a vida e a morte, entre o Eterno e o Diabo, (Preste atenção nisso!), com a morte de Jesus, as portas do inferno foram arrasadas, demolidas, destruídas, para nunca mais serem reerguidas diante de você (gente de Jesus!), para nunca mais interpor obstáculo para a tua vida eterna. Isso significa (para mim, pelo menos!) que se o inferno estiver entre eu e o céu, eu posso passar através do Hades sem queimar o meu pezinho, sem chamuscar as minhas vestes. Posso marchar sobre a cabeça cabeluda do mal, e sobre seus piolhos, pois Jesus, o que fez a Obra da minha salvação, a grande obra de destruir as portas do inferno, já me abriu o caminho, já abriu passagem, acabou com a morte, inaugurou uma fresta, uma portinha estreita, uma Passagem! Glória a Jesus! Glória a Jesus! Glórias e Glórias para Jesus Cristo! Aleluia, Senhor!

A palavra da vida. De onde eu tirei essa teologia radical? Da Bíblia, sô! Você não lê ela não é? Pois devia, seu preguiçoso, sua preguiçosa! Pois foi Jesus mesmo quem disse: “Examinem as Escrituras Sagradas, pois elas trazem palavras de vida eterna. São elas que te educam a caminhar na trilha de paz que eu abri para a eternidade!” Sobre essa questão de arrasar as portas do inferno, que impediam sua Passagem para o céu, o Amado diz o seguinte: “As portas do inferno não prevalecerão contra o meu povo, elas não vão ficar de pé, eu vou botá-las no chão, vou destruí-las na minha Passagem por lá”. Então? Peça a Deus vontade de ler a Bíblia e se ligar nessas coisas divinas. A Bíblia é um tesouro sagrado! O adjetivo Sagrado refere-se à Coisa Divina. A Bíbia é uma coisa divina. Você despreza coisas divinas, é? Não se pode nem pensar em desprezar a coisa divina que é o Senhor Jesus quando o assunto é mortal. Você já pensou em colar nEle, na Sua Palavra? Você está ou não agarrado em Jesus?

Instrução para passar. Você conheceu um certo ser que despreza as coisas divinas, não conheceu? Esse desprezador das coisas divinas é um ladrão, um enganador, que te roubou o prazer de se instruir nas Coisas Divinas. Na verdade, não estou falando isso de você! Não estou dizendo que você está necessariamente enganado, no caminho largo. Se você conseguiu ler meu artigo até este ponto, você não só não é preguiçoso, como também é uma pessoa forte, disciplinada, resiliente. Você tem rusticidade. Meus sinceros parabéns! Você ultrapassou a média universal dos 30 segundos que os internautas gastam diante de qualquer página de internet. Você é um herói, uma heroína! Uma pessoa muito acima da média, em termos de posse de disciplina - a que educa. E em homenagem ao seu desejo de permanecer instruído para a Passagem vitoriosa, te convido a uma saudosa reflexão revivida na voz do irmão Thales.

Thales nos lembra que a presente vida nos faz sentir distantes da linda Pátria. Ele lembra que Jesus nos deu individualmente a fiel promessa de sua vinda para nos conduzir ao céu. E, qual filho de Seu lar saudoso, ele canta querer subir. Será que a canção Saudade está nos dizendo que na hora da nossa Passagem, o Senhor nos oferece Sua mão? Que não atravessamos sozinhos a Fresta da existência humana para a vida gloriosa? Que Ele está ali, bem ali na abertura estreita, de braços estendidos para nos acolher na Passagem. Peça a Deus vontade de ler a Bíblia, pois eu achei mais essa vívida notícia escrita lá: “O Senhor me guiará com o Seu conselho, e depois me receberá na Glória.” Leia a Bíblia, pelo amor de Deus! “Nela você tem palavras de vida eterna!”!

Saudade
Thales









Da linda pátria estou mui longe, / Triste eu estou; / Eu tenho de Jesus saudade; / Quando será que vou? / Passarinhos, belas flores / Querem me encantar. / Oh, vãos terrestres esplendores, / Não quero aqui ficar!

Jesus me deu fiel promessa, / Vem me buscar; / Meu coração está com pressa, / Eu quero ao céu voar. / Meus pecados são mui grandes, / E culpado sou, / Mas o seu sangue põe-me limpo, / E para a pátria vou.

Qual filho, de seu lar saudoso, / Eu quero ir; / Qual passarinho para o ninho, / Eu quero ao céu subir. / Sua vinda ao mundo é certa, / Quando, não o sei; / Mas ele me achará alerta, / E para o céu irei.


Colar no Amor. Para nós que queremos viver, o Senhor nos estende a mão na Passagem. Ele nos receberá na Glória. Glória também significa Céu. O caminho para a Glória é estreito, mas é de paz. É estreito porque é de disciplina e de luta. Se tem luta com disciplina, tem orientação, tem conselho. Se tem conselho, tem o Senhor. Se tem o Senhor, tem sentido, tem vitória. Se tem vitória, tem festa. Se tem festa, tem alegria. Se tem alegria, tem vida. Se tem vida, não tem morte. Se não tem morte, tem eternidade de vida. Se tem eternidade de vida feliz, vale a pena caminhar o estreito da paz de Jesus até a Passagem. Na passagem a festa se inicia. Se tem festa, tem dança. Se tem dança, tem amor. Se tem amor, tem carinho. Se tem carinho, tem toque. Se tem toque, pode ter dança de rostinho colado. Você faz idéia da delícia que é dançar no céu de rosto colado no Amor? Pois os amigos de fé Louis e Ella já passaram e já nos contaram como é dançar de rosto colado no amor. Não vá embora sem antes ouvi-los dançar e cantar Cheek to Cheek (Bochecha com Bochecha) no amor. Eu os ouço sem cansar, pois quero praticar essas coisas divinas. Pratique coisas divinas para você passar tão bem!

Cheek to Cheek
Ella Fitzgerald & Louis Armstrong








Heaven, I'm in heaven / And my heart beats so that I can hardly speak / And I seem to find the happiness I seek / When we're out together dancing cheek to cheek
Heaven, I'm in heaven / And the cares that hung around me through the week / Seem to vanish like a gambler's lucky streak / When we're out together dancing cheek to cheek
Oh I love to climb to mountain / And reach the highest peak / But it doesn't thrill me half as much / As dancing cheek to cheek
Oh I love to go out fishing / In a river or a creek / But I don't enjoy it half as much / As dancing cheek to cheek
Now Mamma dance with me / I want my arms about you / That charm about you / Will carry me through...
It is Heaven, I'm in heaven / And my heart beats so that I can hardly speak / And I seem to find the happiness I seek / When we're out together dancing cheek to cheek
Heaven, I'm in heaven / And my heart beats so that I can hardly speak / And I seem to find the happiness I seek / When we're out together dancing cheek to cheek
Heaven, I'm in heaven / And the cares that hung around me through the week / Seem to vanish like a gambler's lucky streak / When we're out together dancing cheek to cheek
Oh I love to climb a mountain / And to reach the highest peak / But it doesn't thrill me half as much / As dancing cheek to cheek
Oh I love to go out fishing / In a river or a creek / But I don't enjoy it half as much / As dancing cheek to cheek
Come on and dance with me / I want my arms about you / That charm about you / Will carry me through…
To Heaven, I'm in heaven / And my heart beat is so that I can hardly speak / And I seem to find the happiness I seek / When we're out together dancing cheek to cheek
Dance with me / I want my arms about you / That charm about you / Will carry me through / To heaven / I´m in heaven / And my heart beats so that I can hardly speak / And I seem to find the happiness I seek / When we're out together dancing cheek to cheek / cheek to cheek / cheek to cheek / cheek to cheek


Quem segura na mão de Jesus na Passagem experimenta a coisa mais divina da vida: dançar de rostinho colado com o Amor na eternidade!


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