Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

PARA UMA CRIANÇA ADULTA,

O Senhor é quem te guia.

Era uma vez...
E a menininha surge na alta noite fria de 31 de julho de 1984.
O mundo dali éramos quatro, virou cinco: pai, mãe, médico, enfermeira,
E, um lindo bebê sujinho.
Sua mãe, a minha neguinha, queria chorar de alegria, mas, força não tinha.
A única de fortes pulmões e vida ali era a menininha.
Você era toda divina, toda inexplicável, era do mais profundo interior.
Os outros quatro? Eram os seres mais humanos naquele mundinho exterior.
O irmãozinho, que veio só quando você já tinha 3 aninhos,
Nesse seu dia de nascer, ele só poderia nos acenar do interior do Criador.
Então: vida, choro, alegria, sono, sonho e maravilha eram o que nos envolvia ali.

Logo o mundo te receberia esplêndida.
Te preparamos recepção de princesa:
Quartinho rosa, berço fofinho, canções e balanceio pra te ninar;
Não tínhamos o direito do sono; você mandava soberana.
Colocamos tudo à tua disposição...
Tudo pra te receber gostoso no mundo exterior.
E aí é que não nos apercebemos...
Tudo se faz pra se colocar uma vida preciosa no mundo,
Pouco se faz para manter uma vida protegida do mundo.

Mas o restaurador de nossa essência,
O impecável carpinteiro,
Sempre esteve entre seu coração e seu mundo.
Dele você veio, para ele e com ele você caminha.

De teu caminhar (um lindo rasto!) aqui vão lembranças que o Eterno mantém vivo em meu coração:

- Querendo exibi-la ao mundo, o bebê-carona logo foi ao supermercado;
- Seu umbigo, de tanto raspar no meu, perdeu-se na pilha de tomates.
- Coisas lindas da tua história!

- Querendo afirmar ao pai e à mãe que não era hora de sair da praia, a teimosa de 4 aninhos, empaca na calçada do Guarujá;
- Com sutiliza militar, aquele toco gorducho de topless, viu-se tocada para dentro do carro.

- Querendo exibir-se para o irmãozinho, a brincalhona de 5 aninhos, senta-o e rodopia-o no toca discos de 1989;
- De castigo de mentirinha, ele foi parar imóvel (como uma estátua) em cima da geladeira;
- Você? Te pus responsável por ampará-lo de cair. Você ainda o protege?

- Querendo divertir-se com o carrinho do mano, este se atolou em seus longos fios de cabelo;
- Foi preciso uma mãe, duas avós e uma tesoura para dar fim ao emaranhado crespo; isso, numa tarde de 1992, lá no Texas.

- Querendo a fama conquistada pelo irmão de 7 aninhos, você partiu meu coração: “Por que ele tem amigos e eu não?” – você me disse naquele ano de 1993.
- Bem, ele tinha muitos amigos, agora tem um Amigo; e este é teu também – o Amigo Carpinteiro.

- Querendo a fórmula do vestibular, tive de contrariá-la: “Todos os colegas estão em cursinho...!”, você dizia.
- Contrariando-a, te sugeri percorrer a contramão da turma do colégio: “Nada de cursinho, vai nesta tua força, e na do Carpinteiro Onisciente; percorre o caminho da disciplina e da autonomia assistida pelo Pai”.
- Resultado? A menina toma coragem, supera todos os concursos públicos; e hoje desfruta daquilo que a maioria dos colegas da antiga turminha buscava nos cursinhos do mundo exterior: a estabilidade do dinheiro.

- Hoje, 2009, você não é mais um toco de gente; mas estás no topo das gentes. Você diz e você faz. Você quer e você adquire. Você entra e você sai. Em breve você deverá sair para outros braços, para outro coração, outro mundo exterior, outro mundo interior. E nos restará a pergunta: E o nosso?

- Você percebe que este é o seu lugar? Que você nunca sairá de nosso mundo interior? Ao sair para o mundo exterior, você não percebe o vazio que deixas no nosso? Só nos resta consultar o médico do seu nascimento, aquele de seu novo nascimento, aquele que encanta o teu ser. E pedir que ele encante o nosso ser também, mantendo-a sempre nesse lugar que tu não podes desocupar: o nosso coração!

- Pai... (contou o Senhor uma história:) Dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele lhe concedeu a porção de seu mundo.
- E, pouco tempo depois, o filho, ajuntando tudo, partiu para um mundo distante, e ali maltratou o que havia em seu coração, vivendo distraidamente no exterior... feriu-se.
- E, havendo ele desperdiçado todas as suas emoções, houve naquele mundo uma grande fome de relacionamentos, e começou a padecer necessidades na alma.
- E foi, e chegou-se a uma das pessoas daquela terra, o qual lhe apresentou bobagens, onde não havia quem entendesse de bens do coração.
- E desejava encher o seu interior com as alegrias que passam, e ninguém lhe satisfazia em relacionamentos.
- E, tornando em si, disse: Quantos amigos íntimos de meu pai têm abundância de carinho, e eu aqui pereço em futilidades!
- Levantar-me-ei, e irei me reencontrar com meu pai, e vou dizer-lhe: Pai... Magoei seu coração;
- Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus amigos.
- E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao braços e o beijou gostoso.
- E o filho lhe disse: Pai... Magoei seu coração, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
- Mas o pai disse aos seus auxiliares: Vamos fazer uma festa, uma grande festa! Porque este meu filho estava sem vida lá fora, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado para o meu coração.

- E começaram a alegrar-se com a alegria da intimidade, a alegria da infância, a alegria que o mundo não dá, a alegria do Doutor da Alegria.









When you were a child
Jason Upton
When you were a child / Quando eras uma criancinha
I called you my own / Tinha-a como minha
And you were mine / E você não resistia em ser minha
When you were a child / Quando eras uma criancinha
You could not standalone / Você não tinha autonomia
But you were fine / Mas eras contente

I want to know that child again / Quero aquela criancinha de volta
Maybe time has changed you / O tempo deve tê-la mudado
But Love remembers when / Mas o Amor faz-nos recordar
You called my name and like the wind / Quando dizias meu nome, de um lance,
I carried you away / Tomava-a dos braços do perigo
It seems like only yesterday /Parece que foi ontem
When You were a child / Quando eras uma criancinha

When you were a child / Quando eras uma criancinha
The world was the unknown / O mundo era o estranho
But you were wise / Mas você era satisfeita
To simply trust in me / Em simplesmente confiar em mim
That I will never leave / Que eu nunca te abandonaria
And hold on tight /Que te daria amparo firme



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2 comentários:

Graciele disse...

Muito lindo...
Adorei!
Carinho ;)

Graciele Medeiros.

Natália Gherardi disse...

Que benção, Elias...
Fui profundamente abençoada com essa palavra...
é bom ver que aquela "menininha", tornou-se e torna-se a cada dia, aquela mulher de provérbios...mulher virtuosa...cujo valor excede ao de finas jóias!!!
abraço