Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

APOCALIPSE 03 – Orientações vívidas aos que ainda ouvem

[Este texto põe o ENSINO no meio da vida. 18/01/2011]. O caminho de acesso aos melhores picolés dos trens da Central do Brasil era longo, para um camelô que vivia de percorrer seus dias com os pés em sandálias. Da estação de Nilópolis à Picoleteria dos Sonhos, que ficava ao lado de uma loja de doces de esquina, eu gastava uns cinquenta minutos andando – a duração de uma aula na escola. Com o passar de poucos dias, a rotina e a fadiga me diziam que algo precisava ser feito para melhorar as coisas.

Eu não poderia fazer da atividade de camelô o meu teto profissional. E ainda tinha a escola! E eu levava os estudos muito, mas muito, a sério. “— Como vou conciliar o ganhar dinheiro, para meus desejos de menino, com minha progressão na escola?” - pensava eu. Nem escola nem trabalho foram minhas motivações para viver; eram desafios muito relevantes, apenas isso. Eu os considerava obstáculos a serem superados. Era como se minha vida fora desenhada para percorrer um único caminho, e de mão única, que subia uma montanha de trabalho e estudo, cujo topo eu levaria anos para avistar.

Estudar e trabalhar constituíam o software do meu cérebro. Era como se eu tivesse sido programado para aquilo – ganhar dinheiro para ter coisas e estudar para passar bem de ano. Nenhuma daquelas atividades mostrava felicidade para mim. Mas, como entre um dia e outro dia há uma noite que revigora, entre um pensamento de menino e outro há o Pai dos pais que cuida da gente, lá do alto da montanha. – Num daqueles dias, após a exaustiva caminhada à picoleteria de Nilópolis, parei na calçada do outro lado da rua, aguardando o pouco fluxo de carros parar no semáforo. Naqueles segundos, notei uma loja de doces ao lado da Picoleteria dos Sonhos de uma forma que eu não havia percebido antes. Vi um homem, aparentando ser o proprietário, acondicionando caixinhas de doce dentro de uma caixa maior de papelão. Aparentemente ele não tinha ajudante; não tinha empregado-caixeiro de loja. O sinal do trânsito abriu... Fechou... Tomei coragem... Levei meus pensamentos a serio... E abriu.

Quando o sinal fechou novamente eu já estava dentro da loja de doces do Seu Luis pedindo meu primeiro emprego fora dos trens. Fui contratado na hora! Teria um salário superior aos lucros dos picolés; trocaria as sandálias por um Kichute pretinho em folha; não correria mais dos rapas; teria horário fixo para trabalhar e para estudar. Como é bom ser promovido na vida!

Muitos anos foram necessários passar; muitas promoções foram empenhadas na minha vida até que eu avistei o Pai, lá no alto da Sua montanha. Aí e só aí, quando se tem uma noção de quem é o Deus Pai, é que a gente alcança o topo da Sua montanha, e passa a voar sobre os vales da nossa própria peregrinação. Como foi bom levar o trabalho a sério. Como foi bom levar o estudo a sério. Ambos têm me levado nessa escalada da montanha do Pai. E, por ora, consigo uns carinhos dele... Mas não vejo a hora de não ser obrigado a sobrevoar mais as minhas peregrinações na envelhecida Baixada Fluminense, para poder sobrevoar o outro lado da montanha do Pai.

Despertando
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The morning after
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Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora. - Sidarta Gautama

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O Senhor Jesus nos avista lá da montanha, pois diz: Eu sei o que vocês estão fazendo.

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