Depois Deus disse: ``Que as águas fiquem cheias de todo tipo de seres vivos, e que na terra haja aves que voem no ar!'' - Assim Deus criou os grandes monstros do mar, e todas as espécies de seres vivos que em grande quantidade se movem nas águas, e criou também todas as espécies de aves. E Deus viu que o que havia feito era bom. Ele abençoou os seres vivos do mar e disse: ``Aumentem muito em número e encham as águas dos mares! E que as aves se multipliquem na terra!'' - A noite passou, e veio a manhã. Esse foi o quinto dia.Que sabes tu sobre a natureza das águas? Além de saciar-te a sede e fazer-te a sujeira correr pelo ralo, que relação entendes ter com as águas? Brejos e charcos não têm água boa; essa serve apenas para a produção de sal. Para que serve o sal quando se depende de água na sequidão do cerrado? Estabeleci que a água seja retida àqueles que quebram minha aliança. Meu pacto, de verdade e de justiça, está escriturado na lei da vida. A origem e a substância da vida estão nas águas. A conduta de teus semelhantes afeta a distribuição e a disponibilidade dela. Disse a teus pais que acabaria com o poder do orgulhoso; e que não mandaria chuva; e que o chão de lavoura ficaria duro como o ferro. Assegurei-lhes, contudo, que rios de águas vivas jorram do interior daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. Águas puras estão condicionadas a que me ames e me sirvas incondicionalmente.
Lingüistas referem-se às águas como força vivente; uma alusão a que elas contêm vida, e não têm começo nem fim. O poder das águas suplanta todo e qualquer poder humano. Nada pode contê-las; e a ninguém interessa extingüi-las. Mesmo teus pais hebreus, muito distantes das montanhas de ciência destes teus tempos, conheceram que nesta era futura as águas provenientes do meu templo - o local ocupado pela minha presença, sararão o mar morto de sal, de modo que ele terá abundância de peixes de muitas espécies. Em todo lugar, por onde o meu rio de águas puras passar, haverá todo tipo de animais e de peixes. Meu rio fará com que as águas do mar morto fiquem boas e ele trará vida. Haverá ali muito peixe e muitas espécies de peixes, como no mar mediterrâneo de teus pais na fé.
Entendas que águas descidas do meu templo são águas espirituais. Verás que te fiz à minha semelhança; reproduzi-te a partir de minhas águas que ensopam o pó da terra. Não dou ênfase nas escrituras à criação das águas. À semelhança das águas, sou incriado. Sou fonte, meio e fim não inaugurados - sem princípio de existência. Deixo-vos que procureis águas pelo universo astronômico. Desejo que me procures em teu diminuto universo mental. Eu sou o que sou. Assim como as águas enchem o mar, toda a terra está cheia do conhecimento da glória de seu Senhor. As águas que te dou te bastam. Quero que atentes, porém, que da água criei todas às coisas; criei peixes. Originei todos os animais selvagens, todas as aves, todos os animais que se arrastam pelo chão e todos os peixes para terem medo e pavor de vós. Todos eles devem ser dominados por ti, para que tu aprendas a governar comigo o novo céu e a nova terra. Mas tu e teus ascendentes caíram sob o domínio de animais!
Peixes são alimentos, e são mencionados nas escrituras como seres de baixa inteligência e com pouco controle sobre seus destinos. A ciência geológica calcula que estabeleci os peixes nos mares há mais de quatrocentos milhões de anos, muito longe de tua geração da fé. Eles sucederam os invertebrados das águas e antecederam os anfíbios que vivem tanto na terra como nas águas. Um anfíbio é figura dos que têm sentimentos opostos, ou que seguem duas opiniões diferentes, ou que têm dois modos conflitantes de vida. Percebes na metáfora a criação dos espíritos que há muito te antecedem no planeta água? Tu e teus pais da antiguidade chegastes a terra para coroar a criação. Nasceste quando todo o palco da vida de fé já estava cenarizado para caminhares na estrada da maturidade. Teu caminhar impõe que faças escolhas entre modos incompatíveis de viver.
O destino dos peixes está traçado; o teu, tu pensas traçar, mas são os peixes que vejo conduzirem teu destino. Mandei que te alertassem: a Zofar - um dos acusadores de Jó, mandei-o perguntar às aves e aos animais, e eles lhe ensinariam; que pedisse aos bichos da terra e aos peixes do mar, e eles lhe dariam lições. Todas essas criaturas sabem que foi a minha mão que as fez. E, no entanto, babilônios - os primeiros pais da feitura de imagens, te fazem prestar culto à uma sereia, uma romantizada rainha do mar. Esse peixe, habitante emocional de densas águas espirituais, tem origem na mitologia babilônica. Será que esses criadores de imagens, de peixes espirituais, nunca deixarão de lutar e, sem dó nem piedade, continuarão a matar o entendimento do meu povo? Talvez sim, mas até que eu venha sobre eles em definitivo.
A vida de todas as criaturas está na minha mão; sou eu quem mantém todas as pessoas com vida. Ninguém sabe quando a hora da desgraça vai chegar. Como aves que caem, de repente, na armadilha, ou como peixes apanhados na rede, tu também podes cair na desgraça quando menos esperas. Eu trato os seres humanos como se fossem peixes, como se fossem animais que não têm chefe. Deixo que babilônios peguem povos como os pescadores pegam peixes. Com os seus anzóis e redes pegam os povos e os arrastam para terra seca, para os montes de adoração idólatra. Aí se alegram e ficam contentes. Oferecem sacrifícios às redes de pesca e apresentam ofertas aos anzóis, pois é por causa deles que os pescadores ficam ricos no mercado de peixes, e têm muito que comer. Nem sempre te impeço de seres pego no anzol do engano. Mas te proíbo sempre de adorares peixes, que te engolem e te arrastam a inteligência às profundezas dos mares. Consulte a Jonas.
Ensinei a teus pais, que experimentaram quedas de fé, que cordeiros e pássaros são figuras espirituais de vidas descontaminadas - livres de vícios da personalidade. Em peixes e anfíbios, jamais reconheci beleza sublime. Ancestrais aprenderam de minha natureza; observaram sabedoria em criaturas de hábitos muito desiguais. Sentiram repulsa, perceberam preguiça e traição nas cobras; mas amor, dedicação e responsabilidade nos passarinhos. A qual deles te assemelhas? Tua individualidade na infância te fizeste apreciar: a cobra coral, de beleza incomum, que não ataca até ser tocada? A jararaca, que usa o rabo para enganar a presa? Ou a muçurana, uma cobra devoradora de suas irmãs serpentes? Já vistes a expressão de uma ave na boca de uma cobra? A cobra estraçalha; e depois, sem pena, vomita a casca. Teus pais aprenderam que uma ardilosa serpente é o mal que devora e gera o caos na vida de famílias de passarinhos amorosos, disciplinados, comprometidos. Acorda à fé, passarinho!
Na minha palavra, `aves' também denotam seres angelicais. Eu trouxe os primeiros pássaros à existência no período que tu chamas `jurássico'. Tua alma ainda estava comigo na eternidade de trezentos milhões de anos. Mandei que animais alados se multiplicassem na terra. Pássaros, e não dinossauros, são resistentes ao tempo e aos rigores das variações atmosféricas; são eternos, como eternos são os anjos. Peixes, anfíbios e repteis coexistem com pássaros no palco desta vida. Já viste peixes, anfíbios, repteis e aves conviverem numa esfera de amor e compromisso? O que dá segurança às famílias de pássaros? Não é o recolhimento na noite? De onde vem a abundante prosperidade dos pássaros? Não vêm da dedicação ao trabalho diurno e da responsabilidade constante. O passarinho-mãe prospera porque ama aos que ficam no ninho.
Que tens aprendido com os pássaros? Fujas, em vôo ágil, para as montanhas, porque os maus armam os seus arcos e de tocaia apontam flechas para atirar em gente direita. Teu socorro vem dos montes, onde habito. Sai de armadilhas do caçador; não durmas, nem descanses à sua vista; como um passarinho ou gazela, escapa teus pés. Abre teus olhos; a maldição não cai sobre quem não merece; ela é como o morcego que cego voa no ecoar de ondas da noite; como o chicote para o cavalo; o freio para o jumento; e a vara para as costas de quem não tem juízo. De tua árvore, ouça o leão rugindo no anoitecer; ele manda aviso aos inimigos que o território está ocupado, e que não permitirá incômodo aos que descansam em sua proximidade. Veja que tua árvore é cedro excelente: tirei a ponta de um cedro alto; cortei um broto novo e o plantei no monte mais elevado. Meu cedro solta galhos, produz sementes e se torna muito lindo. Pássaros de todo tipo vivem e coexistirão ali, e acharão abrigo na sombra de meu cedro, que a todo entendimento excede.
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