Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

1.5 - Frutas vêm à terra de Deus

Em seguida disse Deus: Que a terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que dêem sementes e árvores que dêem frutas! - E assim aconteceu. A terra produziu todo tipo de vegetais: plantas que dão sementes e árvores que dão frutas. - E Deus viu que o que havia feito era bom. A noite passou, e veio a manhã. Esse foi o terceiro dia.


Antes que teus pais da fé viessem ao mundo, preparei-lhes o provimento do prazer. Mandei, e o manto de água que dormia no gelo cedeu às sementes embrionárias para explodirem os biomas de florestas, cerrados e savanas. Observe que coisas valiosas tem origem humilde. O que tem valor nasceu pequeno - de uma semente. O que cresceu não despontou grande. O desenvolvimento para o esplendor tem origem nas coisas minutas - aparentemente desimportantes. A real beleza não anuncia sua chegada. Fazes tu questão de ser percebido ou de prosperar em virtudes? Queres que notem tua beleza? Ou a felicidade da alma? Onde é nutrido o prazer? Dentro de você ou em tua imagem exterior? O que prevalece em ti? O personalismo ou a nobreza? Ainda que opostos, mesmo ambos iniciaram pequeno. O que faz inchar a semente do ego em ti? Não são os espelhos sob luzes artificiais? O desejo irracional, sem âncora na justiça, entumece o ego. O que formou o caráter do generoso? Não é o apego à realidade do pequeno?

Fiz o alimento antes de nasceres. Preparei teu berço esplêndido para te receber em riqueza. Tu nascestes nobre. Viestes ao mundo em colchão de espuma. Não nascestes no cocho onde se põe comida para bichos. Foram mãos estudadas que apoiaram teu corpo nenê. Não foram as palmas ásperas de lenhador dos montes que te acalentaram na chegada. Logo, nasceste ingrato ou adquiriste no espelho a ingratidão? Quando ignorante recusaste o leite, que pediste que não te foi dado? Há os que nada pedem e tudo pela graça recebem. Tu não me pediste nada e te dei tudo. Te dei vida, te dei leite, te dei frutas. Que frutos me dás de tua vida? Tua vida pertence a ti ou a mim? Teus frutos são teus ou para os teus?

Fruto, prazer e lucro têm mesma raíz na etimologia. Não pus podridão, lascívia e avareza na semente da vida. Quem os colocou em tua árvore? Por que permitistes o engano adentrar teus olhos e mente? Em que recanto de teu interior se enconde o vírus da dúvida que corrompe teu ser pela imagem enganosa? Consegues ainda erradicá-lo do coração e do entendimento? Conheces remédio melhor que lágrimas de arrependimento? Conheces mais eficaz antivírus que o meditar na verdade? Quanto de minha palavra tu escondes no teu sangue? Que fazes dos meios clínicos que te dei: tempo, escritura, cérebro? Quando, e se, me buscares na palavra da verdade, te restituirei frutos, prazeres e lucros. Eles foram feitos para ti. E tu, para mim.

Abençôo a terra que recebe a chuva, a qual muitas vezes cai sobre ela e produz plantas úteis para aqueles que nela trabalham. Toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. Mesmo na velhice, minhas árvores ainda produzem frutos; são sempre fortes e cheias de vida. Em meu jardim as plantas crescem bem. Crescem como um pomar de romãs e dão as melhores frutas. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Desses, eu tirarei as frutas, os prazeres e os lucros e os darei a ti e a quem produzir os frutos do meu reino. Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança: são frutos que apreciarei em ti, quando em ti frutificar a minha palavra.

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