Aí Deus disse: Que a água que está debaixo do céu se ajunte num só lugar a fim de que apareça a terra seca!} - E assim aconteceu. Deus pôs na parte seca o nome de ``terra'' e nas águas que se haviam ajuntado ele pôs o nome de ``mares''. E Deus viu que o que havia feito era bom.
Quantas evidências tu precisas para crer em meu soberano poder criador? Tu nunca crerás em coisa alguma pelo convencimento das evidências. Evidenciar algo é comprovar com clareza intelectual e material este algo. A clareza material eu escancaro diante de teus olhos. Teus pais creram sem o auxílio do espelho; sem o auxílio da imagem. Eles não precisaram ver o rosto do natural para crer no sobrenatural. Tu és natural. O natural tem origem no sobrenatural. Como existiria o que é natural sem a vontade do sobrenatural. Te dou nada; e te acrescento catorze bilhões de anos: o que farás do nada? Tu respeitas os grandes pais da ciência, e fazes bem. Pergunto: entendes o que declaram sobre os fundamentos que dão origem ao universo a partir do `estado do nada'? Para creres em minha soberania aguardarás a intelectualidade pós-doutorada modelar a singularidade quântica originária do big-bang?
Te digo que é lícito e saudável pensar o imponderável, mas não te faz bem seres dominado pela dúvida. Hoje, quantos humildes e faltos de sabedoria científica ficariam excluídos de meu reino se o critério para nele entrar fosse o da compreensão intelectual e material da criação do universo? Ontem, quantos gênios da ciência foram aceitos em meu reino por se curvarem no humilde reconhecimento de que nada sabiam diante da próxima questão impensável. Que conhecimento existe além daquele que a ciência revelou? Queres tu entrar na eternidade para então creres nela? Tu já estás na eternidade. A eternidade é que não está em ti.
Eu te abro e te fecho a porta da eternidade com a chave que tem o tamanho da semente de mostarda: a fé. Comparei para teus pais o reino dos céus ao grão de mostarda semeado em um campo. Esse grão de dois milímetros é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore. Disse também que, se o homem tiver fé do tamanho de um grão de mostarda, moveria montanhas. Pergunto: tens andado no sentido da pequena fé, que decresce vertiginosamente no mundo? Ou tens corrido a ganhar a ciência que cresce exponencialmente nos intelectos ativos? Em que sentido o esforço é mais nobre? Obter prêmios com alto grau de seletividade? Ou ser mais um nas montanhas de foto; nas pilhas de imagens que esmaecem? A importância da tua imagem que responda?
Pela fé teus pais compreenderam há cinco mil anos como criei a terra. Hoje tu tens o testemunho de fé de milhares que se foram sem ciência; tens a ciência testemunhada em montanhas enciclopédicas, mas não incorpora a fé no intelecto. Por quê? A fé deles é a certeza de que receberiam as coisas que esperavam. Ela é a prova de que existem coisas que nem tu nem eles podiam ver. A fé nasce da terra. E terra era tudo que eles tinham. Teu problema de fé é que tu não te identificas, no teu intelecto, com o conceito de terra. A árvore só é árvore porque veio de uma semente na terra. Tua vida só será vida quando vier da fé plantada na humildade. Então, é assim: a vida é árvore; a fé é semente da, e para, a árvore; terra é o humus para a semente; humus de humildade é o substrato da fé. Não existe árvore sem semente e sem terra. Não existe vida sem fé e sem humildade. Sem fé tu estás morto na eternidade. Sem fé tu precisas nascer de novo. Sem fé, a eternidade não prospera em tua vida.
Eu fiz a terra para ela prosperar; para te abastecer de coisas que amadurecem. Só amadurecendo tu te reassemelhas a mim. O engano pôs dúvidas na cabeça de teus pais na fé. Tu és herdeiro de dúvidas. Herdaste a incapacidade de alma para trabalhar a fé-semente que faz crescer a árvore frutífera de tua vida. Contudo, como pus a areia como limite do mar, um limite permanente que ele nunca poderá atravessar, pus meu limite para a falta de fé. O mar fica bravo, mas não pode avançar; as ondas rugem, mas não podem passar do limite que estabeleço. Percebes que sem fé é impossível agradar-me? A fim de me agradar, tu tens que crescer tua árvore. Tua árvore tem que crescer frutos que me agradam. Tu darás fruto quando sobre ti eu precipitar minha preciosa água. Minha chuva faz que prosperes sobre a terra. Ela limita a sequidão que sufoca tua fé. Desejas chuvas de bênçãos sobre tua vida? Desejas uma humilde fé na terra?
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