O poder dos espíritos na alma humana.

Um adolescente que chora acha a boa-fé.

[Quem caminha para a Felicidade não leva pedra na alma. — Examina a Bíblia para você ver.]

[Este artigo lembra que Pedro chorou amargamente na sua FRAQUEZA.]

06/03/2011. Se você ainda é capaz de ler e de meditar respeitosamente sobre a história bíblica, você nunca traiu o Espírito Santo de Deus, embora o tenha negado vezes sem conta. É preciso entender o que seja negar a Deus para jamais incorrer em traição ao Espírito Santo. Tem certeza de seus fundamentos espirituais aquele que amadureceu da desgraça de um dia ter negado o amor redentor de Deus Pai para, então, nunca mais ter de percorrer a dor do arrependimento.

Já a traição é um crime pérfido, que mente a fé jurada. Trai quem opta por trair. O que trai faz isso com convicção deliberada. A traição é atitude pensada em ambiente de livre arbítrio, na espontaneidade da decisão autoconsiderada justa. A traição nasce na vontade de contrariar, de querer crescer-se sobre o contrário do direito do outro semelhante. Ela cresce indiferente à dor da vítima, pois o espírito já pactuou consciente no sadismo.

Traição é atitude ancorada na “verdade” do ego; por isso ela é fruto de mentiras espirituais. A mentira é a constituição interior de um ser humano que usa Deus, mas não se submete à repreensão de Deus. O mentiroso é um construtor do ego-deus. Por isso o mentiroso espiritual trai ao Deus Espírito Santo. O Espírito de Deus constrange o ego de seus filhos. O ego, que rejeita o constrangimento da alma, leva-a à insensibilidade, a cristalizar-se como uma pedra.

A traição, que nasceu na vontade egoísta, e cresceu na infidelidade a terceiras opiniões inconvenientes, agora amadurece no ápice do sadismo para aí sentir prazer máximo diante da dor de sua vítima contrária. Vítima contrária é a pessoa que vive as virtudes que o traidor deveria ter vivido, mas que rejeitou por invejá-la. Esta fora a trajetória insana de Judas Iscariotes, o último apóstolo da lista sábia de Jesus. Judas Iscariotes fora encarregado do Dinheiro do grupo de homens revolucionários do Amor e a serviço da Verdade.

Judas, após trair Jesus, não sente remorso algum, pois o remorso não lhe pertencia. O remordimento da culpa é a inquietação emocional de quem negou sem querer; não foi esse o caso de Judas; ele negou querendo negar. Pedro, sim, na noite da inquisição satânica ao Senhor Jesus, diante de sacerdotes e velhos do farisaísmo, o discípulo da coragem nega-o sem querer negá-lo. Logo, Pedro não traiu a Jesus; negou-o por fraqueza, e não por vontade.

Enquanto Judas fugira de diante de sua mentira consciente, praticada e planejada, para ir enforcar-se diante do Diabo, Simão Pedro fugira de diante da verdade para ir refugiar-se no seu deserto espiritual. Judas morreu na carne sufocada, pois se tornara na adolescência espiritual em pedra sem fôlego de Vida. Sua sensibilidade não transava, não pactuava, com a santidade. Pedro, diferentemente, que vivera um romance com a Santidade, não suporta o vácuo deixado pelo Santo Jesus no ato de sua fraqueza espiritual. Foi chorar amargamente o arrependimento por não ter tido a força interior de corresponder ao Amor maiúsculo do mestre de sua vida.

Judas Iscariotes e Simão Pedro são personagens importantíssimos à nossa vida de amadurecimento da fé. Um traiu; o outro negou a fé. Um seguiu seu destino nas Trevas, não encontrando arrependimento na Luz. O outro correu de suas próprias trevas interiores, indo buscar oxigênio para socorrer um peito arrependido na dor. O arrependimento é o que nos salva quando negamos a fé, sem querer negar a justiça de Deus.

Judas vivera sua alma cooptada na fidelidade às suas próprias convicções, à sua justiça própria, à sua verdade egocêntrica própria. Pedro vivera sua alma buscando fidelidade às suas certezas experimentais, à sua justiça humana crescente, à sua verdade centrada no Deus maior que ele próprio. A desgraça maior a que nós humanos estamos sujeitos é a de amadurecermos como uma pedra, não questionando nossas convicções intelectuais, emocionais e espirituais.

Amadurecer no sentido do enrijecimento do nosso ego, fatalmente nos conduzirá ao fim mesmo de Judas Iscariotes: a morte de pedra, pois não suportara reconhecer a Vida que escoa um rio de água limpa. A bênção maior a que nós, os pobres mortais, podemos alcançar na vida é chocar-se a tempo com a pedra fundamental dessa vida presente. A pedra que os construtores da Palestina romana desprezaram (o Verbo de Deus) é a estrutura de fé a impedir o endurecimento e a morte da alma humana.

A Palavra de Deus, exemplificada no caráter e na conduta de Jesus, é a bênção que não poderia ter sido desprezada pelos religiosos de então. A religião, uma vez institucionalizada, é o assento, o fundamento, a pedra na vida dos que a interiorizam nas emoções e no intelecto. A religião impossível de cristalizar-se em traição a Deus é a que não se deixa corromper pelo mundo. Judas administrava o dinheiro da fé dos amigos da religião de Jesus; o dinheiro traiu Judas, que traiu aquela religião. – Um adolescente que chora acha a boa-fé.

“Vacilar, no meio do caminho, é trair o pensamento”. José Ingenieros

“Quanto mais forte é um carácter, menos sujeito está à inconstância”. Stendhal
Imagem: Certeza
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“Porque ele foi moído por nós, trair seu Santo Espírito tornou-se imperdoável.”
Música: Isaías 53. Santa Ceia
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“Porque Jesus fez com que todas as coisas concorressem para o nosso bem.”
Música: Your love never fails. Jesus Culture
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“‘Deus exaltou Jesus, colocando-o à sua direita como Príncipe e Salvador’. Ouvindo isso, os sacerdotes do Templo ficaram furiosos e queriam matar os apóstolos.” Lucas Evangelista.
Examina a Bíblia! Atos 05
Atos 05