Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

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sábado, 20 de junho de 2009

PARA OS NASCIDOS NESTE MUNDO,

O Senhor quer te devolver ao amor, ao poder, e à sabedoria.

Questões eternas. Outro dia — não sei se sonhando ou se pensando, mas o meu amigo do coração, o Celso Omar Perpétuo, perguntou-me à queima-roupa:
— O que você descobriu dos segredos da vida na sua breve existência? Conte-me suas descobertas ao especular nas muitas inquietudes da vida enquanto imerso em seu mundo interior? Para que Deus criou a humanidade? Por que Deus não te criou diretamente um ser angelical, puro, um perfeito servo dele? Para que o ensino e o aprendizado na estreita e rústica trilha que te trouxe de volta até as margens do rio onde te acordei? Por que existe o mundo dos astros estelares e da terra azul de onde você veio? Por que você existiu física e materialmente? E não apenas em espírito, como um anjo ou um capeta? Por que Deus fez gente como você?

As perguntas colocadas pelo Celso me deixaram sem fala. Embora tentasse, não conseguia responder-lhe um A. Minha disposição de falar não fora acompanhada de raciocínio. Eu não conseguia expressar uma linha lógica, pois não conseguia formular respostas articuladas em fundamentos tão elevados. Na verdade, em parte eu desconhecia as respostas, em parte evitava pousar de tolo diante da sabedoria de meu anfitrião do outro lado do rio da vida. Receei expor meu despreparo injustificado diante do mestre que tão atenciosamente me estendera a mão nos meus inúmeros naufrágios, nas tentativas de cruzar as águas daquele rio cristalino e abismal para a outra margem de campinas verdejantes, povoadas de lindas casinhas brancas, com quintal e varanda e gente absolutamente feliz.

O som da Criação. Quando me dei conta de que meu devaneio se passara em meio à tentativa de articular mais uma reflexão para meu blog Do Mundo Interior, fui despertado pela canção linda, sem palavras, chamada “After the Harvest”, feita por uns anjos de Veneza, e tocada muitas e repetidas vezes no computador da escrivaninha do meu filho. Será que aquela música me inspiraria uma resposta boa o suficiente para que meus amigos do lado de lá, do Omar, se orgulhar? E se eu iniciasse meu discurso explicativo sobre a origem do universo, tendo como fundo musical uma canção cujo tema se refere ao pós-mundo chamado Céu? Onde a perfeição germinará de boa colheita. Mas colheita de quê? De gente? Puxa vida! Vai dar certo assim. Porque Jesus veio ao mundo para também ensinarmos a pescar, semear e colher. O Senhor ensinou-nos a não garfar, mas a colher; colher gente arrependida e regenerada para não mais garfar a Deus! Vai dar certo! Ouça The Angels of Venice! Sem pressa, por favor! O Perpétuo é paciente conosco, com pessoas que não garfam a paciência dele!








After the Harvest
The Angels of Venice

Tudo muito bom. Iniciei minhas pesquisas sobre o para quê o mundo existe buscando dicas na primeira página do livro de Gênesis, lógico! Lá diz assim: (Permaneça ouvindo After the Harvest, pois, na descrição abaixo, Deus ainda estava semeando para colher gente boa plantada em seu Filho amado, o Impecável Carpinteiro, o restaurador de ladrões e bandidos, como eu, que me cansei de garfar a Deus!)

No começo, Deus criou os céus e a terra. A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo, perpétuo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água. Então Deus disse: “— Que haja luz!” Deus viu que a luz era boa e a separou da escuridão. Então Deus disse: “— Que haja no meio da água uma divisão para separá-la em água acima (céu) e água abaixo (mar)!” Aí Deus disse: “— Que a água que está debaixo do céu se ajunte num só lugar (os mares) a fim de que apareça a terra seca!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Em seguida ele disse: “— Que a terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que dêem sementes e árvores que dêem frutas!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Então Deus disse: “— Que haja luzes no céu (estrelas) para separarem o dia da noite e para marcarem o dia, os anos e as estações!” E assim aconteceu. Deus fez as duas grandes luzes: a maior (o sol) para governar o dia e a menor (a lua) para governar a noite. E Deus viu que o que havia feito era bom. Então Deus disse: “— Que a terra produza todo tipo de animais: os domésticos, os selvagens e os que se arrastam pelo chão!” E Deus viu que o que havia feito era bom. Aí ele disse:

“— Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco (a Trindade). Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais.” Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos consigo mesmo, parecidos com a sua natureza divina, tendo poder para fazer coisas, e tendo a capacidade de amar, e de serem sábios à semelhança de seu Criador. Ele criou o homem e depois, por ser Deus muito carinhoso, ele criou a mulher e os abençoou muitíssimo, dizendo: “— Tenham muitos e muitos filhos; todos parecidos com Deus e dependentes de seu amor; espalhem-se por toda a terra e frutifiquem-na.” E Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom
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A velha insubmissão. Mas (e a história bíblica detalha), o vovô Adão e a vovó Eva resolveram equiparar-se a Deus, ser como Ele, independente em suas vontades; resolveram garfar-lhe um atributo da Divindade, que os fariam também deuses, ainda que com D minúsculo. Eva e Adão não se declararam satisfeitos em parecer-se com Deus, como se fosse pouco ou insuficiente seu status humano (de poder, de amor, e de sabedoria) conferidos pelo Eterno para que vivessem alegremente em Sua companhia.

O homem, então, tentado pela criatura soberba, pelo anjo ladrão, falido e condenado (o Demônio na pele de serpente), o homem cobiça ser livre e independente de seu Criador. Sentiu-se atraído a experimentar não só o bem, mas também o mal. Até este funesto episódio na história da humanidade, o homem só conhecia o bem, não tinha tido acesso ao mal. Mas, seduzido em sua faculdade de sábio, o homem usa da função insubmissão, caindo na conversa da Serpente, a grande deusa insubmissa. O homem eleva-se soberbamente então, contrariando sua missão de filho querido, de criança obediente. Ele desobedece à instrução de Deus que lhe preservaria o poder, o amor e a sabedoria para viver somente na feliz cidade. A desobediência não lhe faria bem algum, mas lhe distanciaria do convívio visível com o Criador no jardim da infância. A desobediência precipitaria o homem no mundo dos deuses minúsculos, de seres independentes e mortais, na selva e no deserto da maturidade, da vida ou da morte, sob o regime do poder invisível de anjos caídos, que igualmente cobiçaram ser iguais a Deus, independentes como Deus.

O ambiente insubmisso. A dúvida colocada pela Serpente na cabeça do homem e da mulher, alimentada pela cobiça, que normalmente descamba na desobediência, precipita o homem a viver na dimensão do mundo exterior, o mundo herdado por todos nós, o espaço e o tempo que nos separam do Jardim do Éden, do mundo interior, onde há ambiente humano para o Espírito Santo de Deus operar, garantindo o suprimento de poder, de amor e de sabedoria aos filhos de Deus para que vivam eternamente na dependência da felicidade. No mundo exterior, morada de deuses minúsculos e de homens e mulheres mortais, o poder, o amor e a inteligência são disputados à tapa, à insubmissão e à corrupção. Num ambiente insubmisso vale a lei dos medíocres, a lei dos mais fortes de arrogância, a lei dos mais espertos na burrice, a lei dos vivos-mortos.

O resgate da prisão. Tendo observado que Deus criou tudo muito bom, que ele criara o homem parecido consigo mesmo, e que agora, pela soberba, seus filhos se distanciam dele, arrastados pelo desejo de construção de seu próprio reino humano, o reino do bem e do mal segundo a cabeça humana, você acha que Deus abandonara ou desistira de sua criação amada? Você não acha que apesar de o homem ter extrapolado os limites do Éden, aprisionando-se no convívio com a Desobediência, que o Amor do Pai, o seu único Filho 100% obediente, não traçaria uma trilha em meio à selva, em meio ao deserto, do mundo exterior, para que todo aquele que se arrependa, que queira deixar de ser deus, tenha a possibilidade do retorno à vida Eterna no Éden de Deus? Se Deus não tivesse um plano de salvação (para resgatar o homem de si mesmo, perdido no mundo exterior), Ele teria contrariado sua natureza amorosa. Deus é amor. Ele não se contraria. Deus não muda! Então, Deus anuncia seu plano de salvação para o homem perdido neste mundo de espaço e tempo exteriores ao Éden:

O Salvador do homem. Porque assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, para que toda a pessoa mordida de cobra fosse salva ao olhar para ela; assim também o Vermezinho (o Filho do Homem, o Filho único de Deus) teve de ser levantado no madeiro cruciforme, para que todo aquele que olhar atentamente para ele, hoje em dia, seja curado da praga do desejo de ser deus, e tenha a vida eterna através da justificação de nossa soberba arrependida e sarada por Jesus. Porque Deus amou tanto os seres humanos perdidos neste mundo exterior, que se deu a si mesmo, em seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna, ao achá-lo pela fé, não pela dúvida, mas pela humildade; não pela cobiça, mas pela disciplina; e não pela desobediência, mas pela obediência em manter-se nos limites do alcance de seu Poder, de seu Amor, e de sua Sabedoria.

Então, para que Deus criou o mundo, este universo que contém todas as coisas (poder, amor, sabedoria) para o homem?

O poder no seu devido lugar. (1) Deus criou o mundo para compartilhar seu poder com o homem sem ser roubado em Seu Poder, por homens metidos a deuses do poder. Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? A Serpente aborda a mulher relativizando o poder de Deus: “É assim que Deus disse?” A dúvida faz a mulher bambear diante de sua missão de vida: ser um ser perfeitamente feminino, feita caprichosamente por Deus para formar com o homem um ser único e indivisível na atratividade do prazer e das necessidades complementares ricamente satisfeitas.

Semelhante à mulher, o homem também cede, quando bastavam pronunciar um sonoro NÃO à cobiça cantada de fora (do mundo exterior) para dentro (do mundo interior) de suas vidas perfeitas. E se Eva e Adão tivessem exercitado suas virtudes de sabedoria e obediência humanas, teriam eles cedido ao silvo hipnotizante da cobra maldita? Qual foi o elemento da cobiça? Não foi o desejo de ir além dos limites naturais da criação? Você reconhece e respeita limites naturais? Qual a sua inclinação ao ouvir gente astuta dizer por aí? “Você quer, você pode!” Você responde? “Quero, mas não posso, portanto não faço!”

O amor no seu devido lugar. (2) Deus criou o mundo para compartilhar seu amor com o homem sem ser roubado em seu amor, por homens metidos a deuses do amor. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Você conhece uma canção infantil que diz? “Cuidado olhinho o que vê!” Você conhece algum cego infiel? Há cego que não seja gente boa? Cegos podem não enxergar o que nossos olhos vêem, mas eles são cuidadosos ao perceberem a pressão do perigo. Cegos aceitam conselho e aceitam ajuda de quem vê perfeitamente? Quem vê os perigos de sua vida perfeitamente? Você ou Deus? Eva e Adão (e você, por que não?) exercitaram a disciplina dos olhos no convite da serpente? Você tira o olho ou dá uma de deus do amor, liberando o Eros da ação incontida no prazer dos olhos? Por que você não diz assim? “Agradável e desejável é, mas não me pertence, portanto não me meterei nisso aí!”

A sabedoria no seu devido lugar. (3) Deus criou o mundo para compartilhar sua sabedoria com o homem sem ser roubado em sua sabedoria, por homens metidos a deuses da inteligência. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Eva e Adão sabiam que o fruto da árvore lhes daria entendimento, lhes daria a faculdade de compreender coisas ocultas, o talento de pensar e de conhecer o que há do lado de fora do jardim da infância, do Éden Lar das Crianças. Por que Deus não lhes autorizara conhecer o lado de lá do Jardim? Quem mora no mundo exterior não são os deuses minúsculos, os coleguinhas da Serpente, os ladrões da sabedoria de Deus? Deus não construiu o mundo exterior (confinado pelo espaço e tempo) para seus filhos, mas o destinou para os anjos caídos, para os maus. Agora que você sabe o que é uma penitenciária, você gostaria de passar 90 anos lá dentro sem esperança de liberdade? Os que não roubam neste mundo, evitam as cadeias desta vida. Os que não roubam no amor, no poder e na sabedoria, evitam a escuridão da vida eterna.

Escolha ser livre. Sabe de uma coisa? Deus criou o mundo e achou-o muito bom. Deus criou você, seus pais, seus avós, e até os mais velhinhos Adão e Eva, e achou isso muito bom. Deus nos vê roubando-lhe o amor, o poder e a sabedoria, e isto não é nada bom. Deus enviou seu Filho Jesus para nos salvar da falta de liberdade temporária e da prisão eterna pelos roubos que praticamos, e o Seu Filho é muito bom Salvador. Mas Jesus não veio salvar prisioneiros que se consideram livres, mas aprisionados que anseiam por liberdade. Os deuses minúsculos já se deleitam com o poder corrupto, o amor sórdido, e a vil sabedoria que eles roubam do Eterno e maquiam no salão de beleza da peste! Esses terão de tomar uma boa ou uma má decisão: voltar a ser homem e mulher originais, ou permanecer um minúsculo deus de poder, de amor e de sabedoria. É assim! É tão simples quanto à decisão de Eva e Adão: aceitar a oferta de salvação do Filho (voltar a ser homem e mulher) ou permanecer um deus minúsculo. A gente decide! Nossa gênesis optou pela independência na escolha do bem e do mal. Ótimo, se optarmos por buscar a liberdade conforme o projeto original, o projeto da Gênesis.

Permaneça livre. Como eu tenho certeza que todo homem e toda mulher originais se apaixonam pelo Senhor ao conhecê-lo, te ofereço a canção da irmã Heloisa Rosa. Observe que a Heloisa é uma rosa que canta, não é uma serpente que encanta. Ela encontrou em Jesus um amigo eterno. Seu toque ela sentiu, foi o mais íntimo de todos. Seu coração partiria, se ela perdesse esse amigo em meio à selva, em meio ao deserto neste mundo exterior, o mundo dos deuses minúsculos e cegos de amor, de poder e de sabedoria de Deus.








Amigo Eterno
Heloisa Rosa

Que Amigo encontrei / E mais chegado que um irmão / Teu toque já senti / Foi mais intimo de todos
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno
Que esperança encontrei / Foi mais fiel que uma mãe / Meu coração partiria / Se eu perdesse esse amigo
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno
Que esperança encontrei / Foi mais fiel que uma mãe / Meu coração partiria / Se eu perdesse esse amigo /
Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno / Jesus, Jesus, Jesus / Amigo Eterno


Deus criou o mundo para compartilhar seu amor, seu poder e sua sabedoria com o homem e a mulher, seus filhos, queridos!



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