Entre, o mundo interior é teu!

Neste meu mundo, dentro deste coração, você apreciará reflexões sobre a obra do Impecável Carpinteiro. Ele é aquele que não cobra pelos serviços que presta; na verdade, ele pagou ao mundo o direito de aliviar o peso do madeiro sobre os ombros de seus amigos, os viajantes da existência. Meu blog é dedicado, consagrado, a Jesus, se é que terei a honra e a competência de construir algo respeitoso ao Eterno, ao que foi morto, e agora vive. Vive e intercede por gente simples; gente que procura entender corações e mentes de outras gentes simples, modestas, espontâneas.

Continuar lendo...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

PARA OS QUE ÀS VEZES DESANIMAM,

O Senhor te libertará das amarras do tempo.

Sou tua noiva apaixonada. Mas, alma canta? Espírito dança? Alma e espírito se apaixonam?
Como assim? Precisa explicação, não! Poesia não exige o rigor da lógica? Poesia pede emoção! Emoção é reação ao encanto. Tem horas que falar não cabe. Se pudesse cantar... Mas, silenciar, sentir, respirar, sonhar... O Eterno é o que cabe manifestar-se à alma apaixonada.

Yeshua (Jesus)
Fernadinho









Vem saltando sobre os montes de Jerusalém. / Sou tua noiva apaixonada, te esperando, para dançar.

Alma desanimada. Alma é um sopro de vida eterna num pó de terra. Pó de terra boa é húmus. Húmus é fonte de matéria orgânica para a nutrição da gente. Húmus cresce humildade, que favorece a estrutura emocional do ser humano. Essa estrutura úmida é apta a reter muita água da vida. A água da vida entra na gente pelo sopro da vida. Na gênese, o Senhor soprou em barro elaborado de húmus e fez o ser humano. Uma pessoa humana é a química do húmus encharcado de alma que tem sede pela água da vida. Você tem se ensopado na Água da Vida? Ou estás seco e só?

Para quem se sente seco e só, como estando em um injusto deserto, ser bafejado pela Vida é dançar de felicidade! Não tem alma que não se reanime na caminhada após uma brisa do Senhor. Ele criou desertos, montes, vales, pedra e fogo só para exercer o sopro da alma em você e em mim. Leia no Manual o registro (cerca de 1000 anos a.C) de um sopro de vida em um profeta do Senhor que desanimou da vida:

O homem de Deus, Elias, ficou com medo da rainha Jezabel. Para salvar a vida fugiu para o deserto, andando um dia inteiro. Aí parou, sentou-se na sombra de uma arvorezinha e teve vontade de morrer. Então refletiu assim com o Senhor.

– Já chega, ó Senhor meu Deus! Acabe agora com a minha vida! Eu sou um fracasso na fé.

Elias se deitou debaixo daquele arbusto e dormiu. De repente, um anjo tocou nele e disse: – Profeta! Levanta daí e come.

Elias olhou em volta e viu perto da sua cabeça um pão assado nas pedras e uma jarra de água. Ele comeu, e bebeu, e logo dormiu de novo. O anjo do Senhor Deus voltou e tocou nele pela segunda vez, dizendo: – Ô profeta! Levanta e come; se não, você não agüentará a viagem.

Elias se levantou, comeu e bebeu, e a comida lhe deu força bastante para andar quarenta dias e quarenta noites até o monte Sinai (Mesmo monte de Moisés, cerca de 1200 anos a.C. Mesmo tempo de deserto de Jesus, 40 dias e 40 noites). Aí ele entrou numa caverna para passar a noite, e, de repente, o Senhor Deus lhe perguntou: – O que você está fazendo aqui, Elias?

– Ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, eu sempre tenho servido a ti e só a ti. Mas inimigos me cercam agora. Depois que derrotamos os ocultistas, eles retaliaram contra meus amigos. Eu sou o único que falta morrer.

A voz do Senhor chamou-o para fora da caverna e disse-lhe. – Vá até o alto desse monte e me ache lá que te instruirei.

Elias subiu no frio intenso do monte, e enquanto procurava Deus, o Senhor mandou um vento muito forte, que rachou morros e despedaçou rochas. Mas o Eterno não lhe falou coisa alguma no vendaval. Quando o turbilhão parou de ventar, veio um tremor na terra; porém o Senhor não lhe falou no terremoto. Depois do terremoto veio um fogo, mas o Senhor não estava nas chamas. Mas, então, depois do fogo, veio uma brisa suave, e o Senhor lhe fala calma e amorosamente num bafejo: - “O Que Você Está Fazendo Aqui, Elias?”

O resto da história o Manual de Deus dá mais detalhes: Elias nunca retornou ao pó da terra. Pouco depois daquele encontro no alto do Sinai, uma carruagem de fogo veio apanhá-lo para deslocá-lo 1000 anos à frente no tempo, a fim de atender, junto com Moisés (que percorrera mais de 1200 anos) para uma reunião (uma dança de almas) com Yeshua (Jesus), o impecável Carpinteiro, em outro monte alto em Jerusalém, aos olhos espantados de Pedro, Tiago e João, discípulos que ainda não haviam aprendido a dançar ao sopro da vida, no Senhor Jesus.

Alma esperta foge. Você já se perguntou por que os corajosos também desanimam? Por que não subimos as colinas da vida em linha reta? Por que ziguezagueamos na escalada do desafio e às vezes recuamos, para só então subirmos outro tantinho? Não foi isso o que aconteceu com Elias? Você faz idéia do tipo de pessoa poderosa que foi Elias aqui na terra? Dentre tantos poderes sobrenaturais que ele experimentou, uma das mais expressivas vitórias de Elias havia acabado de acontecer antes de sua fuga pro deserto. Dias antes, quatrocentos e cinqüenta ocultistas foram derrotados de uma vez por ele. Ele lhes lançou o desafio de que fizessem descer fogo do céu para que demonstrassem uma suposta divindade do Oculto, que eles criam cegamente. Como não conseguiram divindade nenhuma, Elias orou ao Eterno e o fogo desceu, queimando tudo quanto era maldade que eles praticavam. Maldade é coisa iníqua; como pus de úlcera na alma da gente. Maldade adoece a alma. Maldade leva à morte feia!

Pois é! Depois dessa escalada na fé lindíssima, Elias intimidou-se torpemente diante da fúria de Jezabel, a mãe dos ocultistas, mulher de um rei bobo chamado Mané Acabe, uma rainha horrorosa e nojenta do povo de Israel. Elias fugiu deles pro deserto, pois lhe fugira o sopro de coragem na alma – a fé.

Se Elias não tivesse desanimado, você acha que ele teria sido convidado pelo Senhor para subir o monte um pouco mais? Se ele tivesse enfrentado Jezabel, você acha que isso teria sido sábio? Ser herói diante do Oculto é preciso? Quem é mais forte, você ou a Besta oculta? O que você faz quando o Bicho avisa que vai te pegarrr? Eu fujo como um camundongo foge de gato! E você, encara o bicho-papão? – Sebo na canela, moço! Corre, mas corre muito! E em ziguezague! E sem olhar pra trás! Pega a trilha do deserto da alma, e fica na tua! Fica na tua, pois o bicho-papão não gosta de deserto. Ele não vai entrar no deserto atrás de você. Foi num deserto que ele fora derrotado pelo Senhor Jesus. Se ele entrasse no deserto de tua alma, ele iria se lembrar que ali é lugar da derrota eterna dele. Foi no deserto que o Carpinteiro esfregou no focinho da besta a espada do Eterno, a Palavra da Vida, e ele teve de se recolher à sua insignificância diante do Altíssimo. Então, deseje o esconderijo do desânimo de tua alma. É só por um pouquinho de tempo. Até o Senhor te achar e soprar uma brisa gostosa na sua alminha pra ela voltar a ferver, a arder na fé do Filho de Deus!

Alma obediente dança. Elias, então, sente no frio do isolamento do monte Sinai o sopro do Eterno, que funciona como uma brisa oxigenando as cinzas de sua fé. "– O que fazes aqui, Elias?" As cinzas vão sendo sopradas, as brasas vão ficando vermelhinhas, o frio vai diminuindo, e ele se emociona, e chora suas mágoas com o Eterno:

– Ah, Senhor, aconteceu isso, mais isso, e aquilo... E coisa e tal, e tal... Lalalá... Blablablá... Não quero mais saber… Blablá… Tô fora...! Lalá… Snif, snif…

Aí (e, graças ao Senhor nosso Deus, há sempre um ) o Eterno puxa a alma de Elias para dançar ao som de sua brisa amorosa e consoladora. "– Esquenta muito não, Elias. Isso passa. Ainda tenho umas aventuras radicais para você. Treine o Eliseu pra te substituir lá embaixo. Qualquer hora dessas vou te levar para conhecer pessoalmente Moisés: outro chorão como você, que há 200 anos pisou esse mesmo monte Sinai em busca de sinais para o povo ver e crer em mim – o que poucos conseguem, diga-se de passagem. Agora pode ir, volte para concluir sua missão. E fique atento! Vou surpreendê-lo com experiências ainda mais elevadas no meu amor por meus seguidores como você."

O tempo que oprime a alma. O valor do desânimo na vida do grande profeta Elias está esclarecido para mim. Um homem, uma mulher de Deus, ao experimentar a doença do desânimo, pode provar a doçura e o frescor da cura ministrada pelo Médico dos médicos. Quando o desânimo nos leva a sucumbir da fé corajosa, o poder do Senhor se aperfeiçoa na alma, aprimora a alma para vencer obstáculos maiores no estreito caminho da vida. “– A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na tua fraqueza.” Disse Paulo, o autor de cartas da Bíblia, que ouvira isso do próprio Senhor Jesus. E o evangelista conclui: “– De boa vontade, pois, me alegrarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder do Senhor. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Jesus. Porque quando estou fraco, então, sou forte.”

Mas qual desafio de maior intensidade ainda estaria reservado para Elias? Se o que lhe aguardava era o derradeiro presente do arrebatamento da mortalidade para a eternidade, que outro desafio estaria ainda em seu caminho? Elias fora seqüestrado deste mundo sem provar a morte natural. Como Moisés, ele desapareceu de forma sobre-humana diante dos olhos estarrecidos de seu substituto, o discípulo Eliseu. Então, qual o desafio último de Elias após a reanimação de sua alma? Foi o desafio de vencer as amarras do tempo.

– “Como assim, vencer as amarras do tempo?”

Para uma pessoa (eu, por exemplo) poder superar os limites temporais da existência (o tic-tac do relógio), é preciso que se entenda e se obtenha aprovação diante do maior desafio da humanidade: "Compreender que tempo não existe, que ele é uma ilusão, e que é preciso superá-lo na fé do Eterno!" Entender que tempo não é limitação para a alma, que alma não se limita à contagem de tempo, que o tempo dos humanos é uma ilusão que oprime a alma, que a alma da gente precisa colocar o tempo no seu devido lugar: para fora de si, no mundo exterior, onde o tempo pertence. No coração, no mundo interior onde habita a alma da gente, não existe tempo, mas apenas os efeitos da ilusão que ele (a partir do mundo exterior) causa na psique (interior) da gente.

Considerando que a única coisa que levamos deste mundo é a nossa alma, então ela não pode permanecer subjugada pelo tempo que rege este mundo exterior. Quando a morte ou o arrebatamento surge na contagem do tempo (que o mundo exterior marca com datas, por exemplo), a alma da gente se liberta de uma vez da ilusão temporal. Foi o Carpinteiro, o Mestre da vida, quem alertou para a inexistência do tempo para a alma: “– Os céus e a terra, o mundo exterior, passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”. O sentido da palavra “Palavra” é profundíssimo: Palavra significando Promessa tem variantes que assumem o sentido de Modo de Ver. “– A minha promessa, o meu modo de ver, não passará; permanece para sempre um referencial absoluto da criação.”

Se eu tomasse o “modo de ver” do Senhor Jesus e, a partir dele, nesse referencial do Homem que vê tudo com olhares da eternidade, se pudesse contemplar o mundo exterior, o que eu observaria? Veria uma tela de cinema desenrolando o ilusório mundo exterior. Eu veria cenas como numa exposição cinematográfica. Veria o efeito do tempo rolando (da direita para a esquerda) as cenas de um mesmo enredo, onde tudo que aparece na tela tem começo, meio e fim. Eu sentiria que o que é real são as coisas eternas, como minha alma, por exemplo, quando esta desenvolve a capacidade de assistir, de fora da tela, o desenrolar de um filme de coisas temporais. Eu teria a convicção de que tudo o que existe entre este céu e esta terra estão passando. Eu veria claramente que há tempo para todas as coisas acontecerem e findarem no mundo exterior, tenha elas durado 1 dia ou 1000 anos. Pois para o Senhor, como registra a Bíblia, 1 dia é como mil anos, e 1000 anos é como um dia. Tudo passa... Menos a Palavra da vida, menos o Modo de ver, que está em um referencial absoluto e que permanece para sempre fora do mundo exterior. Neste metamodelo físico de contemplação do tempo, reforce-se o fato de Jesus ter declarado “quem crê em mim nunca morrerá”, nunca passará, essa alma permanecerá em Seu referencial absoluto para sempre.

Jesus liberta a alma da gente. O profeta Elias teve por último desafio o confiar que seria retirado da tela ilusória do mundo em que vivia (o mundo de Jezabel) para conviver no referencial atemporal – ao lado de Moisés (200 anos atrás de si), e de Jesus (1000 anos à sua frente), e nosso (cerca de 3000 anos depois). Elias desapareceu aos olhos de Eliseu numa carruagem de fogo. Sua próxima aparição, revelada na Bíblia, foi ao lado do impecável Carpinteiro no monte alto da transfiguração. Naquele monte, de dentro de uma nuvem, como se numa brisa refrescante, o Eterno bafeja aos ouvidos de Pedro, Tiago e João, na presença de Moisés e de Elias, a seguinte palavra: “– Este é meu filho amado, em quem tenho muito prazer. Observem-no.” É como se o Senhor estivesse dizendo: "Observem a libertação das amarras do tempo. Passado (Moisés), presente (Elias) e futuro (os discípulos), todos livres das amarras do tempo por causa da Palavra, da Promessa, do Modo de Ver a pessoa de Jesus."

Você está observando Jesus? Em que referencial você está? Na tela ilusória do mundo, como um mero figurante da existência? Ou você está no ambiente do Senhor Jesus, extraindo lições desse filme da vida para desenvolver-se como um homem de Deus, uma mulher de Deus, que observa Jesus? “– Este é meu filho amado, observe-o.” Por conta de um desânimo, Elias pôde ser liberto da temporalidade. E tudo “começou” tal qual “terminara” num bafejo do Senhor e numa pergunta: “– O que fazes aqui, Elias? – Deixe-me apresentar-te meu filho amado, em quem tenho muito prazer! A Ele, os povos do mundo, observarão.”

Concluo esta reflexão com a canção da irmã Heloísa Rosa. Fall On Me é uma oração pedindo que a brisa do Senhor bafeje, sopre em sua vida, e refresque seus ossos secos. Osso é uma figura de linguagem de nossa estrutura emocional. Então: “Refresca minha estrutura emocional, Senhor! E liberta-me para que eu seja verdadeiramente livre no tempo que se chama hoje. Se o Filho me libertar eu serei verdadeiramente livre de tudo, até das amarras do tempo. Se o Filho te libertar você será tão livre quanto a águia. Voará nas alturas, longe do filme ilusório que narra esta vidinha. Se você observar o Filho, teu referencial será o dele, um referencial atemporal, eterno e elevado, como o da águia que voa nas alturas. Tão alto como os montes de Jerusalém, os montes dos sinais de Moisés, os montes da cura do desânimo do profeta Elias, os montes da visão esplêndida de Pedro, Tiago e João: a visão de Yeshua (Jesus), nos convidando para dançar sobre os montes de vida eterna que há no Pai.”

Fall On Me
Heloísa Rosa










Fall on me / Ever so gently / Breathe on, Breathe on / These dry bones
Shower me in your love / Washing, washing / My filthy stain (2x)
And break these chains (2x) / Set me free (2x)
Fall on me / Ever so gently / Breathe on (2x) / These dry bones (2x)
And break these chains (4x)
Set me free (16x)
Liberta-me (16x) / Se o Filho te libertar / você é verdadeiramente livre (2x)
Liberta-me (2x)
Liberta-me Senhor
Eu voarei como águia (2x)
Eu voarei como águia na alturas


Os que recobram o ânimo no Senhor são libertos do tempo, para dançar em montes de vida!
.
180509

Nenhum comentário: